Artes cênicas

Terapia obrigatória em peça com Antonio Fagundes no Centro de Convenções

Situações cômicas conduzem peça sobre encontro inusitado de casais em sala de espera de psicóloga

Antonio Fagundes acredita que consultórios de terapia são lugares ideais para levantar problemas humanos. Ali, as pessoas se reconhecem e se identificam. Quando esse ambiente é transportado para o palco na forma de comédia, as situações podem ganhar contornos hilários. Essa combinação atraiu o ator para o texto de Baixa terapia — Uma comédia no divã, do argentino Matias del Federico, cujos direitos ele comprou depois de assistir a uma encenação da peça, que está em cartaz desde 2017 e agora chega a Brasília com apresentações no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

No palco, sob a direção de Marco Antônio Pâmio, Fagundes faz parte de um dos três casais que se encontram em uma sala de espera de uma terapeuta. Eles não se conhecem, mas vão ser obrigados a interagir depois de receberem instruções com um aviso de que a psicóloga não estará presente. Os casais vão, portanto, descobrir uns aos outros. "Meu personagem está casado há mais de 20 anos, é o que tem uma relação mais duradoura, e os problemas que aparecem são de um casal que tem uma certa convivência, mas tem um casal mais jovem, que levanta os problemas dos casais jovens, e tem um casal de meia idade. As coisas são bem diferenciadas, de forma que o público tem sempre com quem se identificar", avisa o ator.

O tom de comédia está presente do início ao fim. "A gente chegou a contar uma gargalhada do público a cada 30 segundos", garante Fagundes. "O que faz da peça uma comédia, além da situação, que por si só é muito engraçada e cria uma série de conflitos complicados e que vão se enrolando cada vez mais, é que o texto tem piadas pontuais muito boas, insuperáveis." Ele lembra que a peça está em cartaz há seis anos e já foi vista por mais de 400 mil espectadores.

A atriz Alexandra Martins, que faz parte do elenco, conta que uma das riquezas da obra é que todas as situações propostas pela peça atingem a maioria das pessoas. "Todos os temas levantados pelos casais fazem parte do nosso cotidiano. É gente falando sobre gente para gente! Mais humano impossível!", diz.

 

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