As sonoridades e as imagens da Mata Atlântica formam a base da instalação Sons que curam, que Shirley Krenak leva para o Memorial dos Povos Indígenas a partir desta sexta-feira (1º/9). A ativista e artista indígena concebeu o projeto há três anos com a intenção de levar ao público um pouco do que é a espiritualidade do povo krenak. "A proposta do trabalho é trazer um pouco dessa perspectiva dos sons do bioma da Mata Atlântica, que é a região na qual meu povo krenak se encontra há muito tempo", explica.
Até este sábado (2/9), o público poderá visitar a instalação montada para proporcionar uma experiência de contato com a floresta. Deitados em cadeiras e com vista para as imagens da Mata Atlântica, os visitantes ficarão expostos a uma série de sonoridades coletadas por Shirley, que também vai realizar uma performance com conversas, cantos e orações. "O fato de a gente estar sempre preocupado me motivou. (A instalação fala) do saber ouvir, de ter uma ação de entendimento, de parar para escutar a mãe terra, fazer a imersão diante de toda a perspectiva ambiental que nosso planeta se encontra no momento", explica a artista. "É uma proposta que tem a questão espiritual, porque meu povo acredita que através do canto e da escuta da nossa biodiversidade e da mãe terra conseguimos nos curar de forma interna e externa."
A instalação fica em cartaz até este sábado (2/9) e a entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos pelo Sympla. Nesta sexta (1º/9) e no sábado (2/9), 19h, às 20h e às 21h, Shirley Krenak também estará presente realizando as performances.
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