Em 2004, um filme chocou o público pelo nível de violência. Jogos Mortais estreava o personagem Jigsaw nos cinemas, um boneco que obriga pessoas a jogarem um jogo que só tem duas saídas: a morte ou a automutilação muito violenta. Quase 20 anos depois, o décimo título da franquia chega aos cinemas. Jogos Mortais X é o principal lançamento da semana.
O novo longa marca o retorno de John Kramer (Tobin Bell), a mente perversa por trás de Jigsaw. Após ter sido passado para trás, mesmo doente, o mestre dos jogos promove mais uma carnificina. O mote, contudo, é muito mais interessante que em filmes passados da saga. O que antes era apenas Kramer tentando fazer criminosos se arrependerem a partir da dor, se torna um ego ferido ferindo a carne de outras pessoas, uma vingança, apenas sem usar as próprias mãos.
O filme segue o mesmo padrão da maioria dos nove sucessores. Um homem sádico cria jogos muito sangrentos para "dar uma lição". Em determinado momento do longa, Saw se compara a um coach de vida, o que exemplifica muito bem como a mente do até então vilão funcionava durante as outras produções. As opções do roteiro chamam atenção por não serem as mais fáceis e sim as que envolvem mais escatologias, a ponto das tripas de um cadáver serem usadas de corda.
Apesar de ser o mesmo molde e formato, Jogos Mortais X tem um caráter diferente no roteiro. Essa é a primeira vez que vemos John Kramer como herói da própria história. A ponto de ser possível "perdoar" o banho de sangue. O segundo ponto é o serviço ao fã, que pode ver mais uma vez alguns dos jogos que marcaram a história da franquia.
Jogos Mortais X não inventa a roda, mas entrega exatamente o que o público espera de um filme da saga. Prova de que, às vezes, para jogar o jogo é melhor escolher pela segurança do que acabar perdendo.
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