Luciana Braga é a artista brasileira que traz de volta aos palcos Judy Garland, estrela da época de ouro dos musicais de Hollywood. Judy — O arco íris é aqui tem texto e direção de Flávio Marinho, direção musical de Liliane Secco, e oferece um novo enquadramento de Judy, por meio do humor. Produzido em comemoração ao centenário do nascimento de Judy Garland e dos 35 anos de carreira de Flávio Marinho, o espetáculo é exibido pela primeira vez em Brasília, sexta-feira (29/9), sábado (30/9) e domingo (1/10), no Teatro Royal Tulip.
Navegando entre passado e presente, ficção e realidade, Judy — O arco íris é aqui traz a biografia da personagem, Judy Garland, de uma maneira dinâmica. O espetáculo mistura a história de vida da artista com a da intérprete, Luciana Braga, de forma que o público se questiona quem está no palco. "Já havia saído muita coisa sobre a Judy Garland: livros, filmes, peças e shows. Eu precisava de uma abordagem que fosse original e teatral. De repente, me dei conta de que estava diante de duas artistas, mães, com altos e baixos de carreira. Uma poderia iluminar a vida da outra através das diferenças e das semelhanças", explica Flávio Marinho.
Judy Garland ficou conhecida pelo papel de Dorothy em O Mágico de Oz, de 1939. Na época, ela tinha 16 anos e recebeu o Oscar Juvenil pela atuação excepcional no filme. Por trás das câmeras, no entanto, ao longo da carreira, a artista enfrentou abusos psicológicos que a fizeram se sentir além do peso e feia demais para as câmeras. No total, foram 38 filmes durante a carreira, além das marcantes interpretações musicais, como a da canção Over the rainbow. A artista morreu aos 47 anos, em 1969, após uma overdose acidental de sedativos, e deixou três filhos, Liza Minnelli, Lorna Luft e Joey Luft.
O espetáculo busca, justamente, homenagear e destacar o lado alegre e bem-humorado da atriz, algo geralmente ofuscado pelos problemas pessoais que ela enfrentou. "Judy tinha enorme senso de humor, sabia rir dela mesma. Foi o que me deu o tom da peça. Há no Youtube, um vídeo da Liza reclamando que, em todas as homenagens à mãe, só se lembram dos dramas da vida de Judy e se esquecem do senso de humor dela", explica Marinho. "Gosto muito de, no auge do humor, ter uma pitada de drama, e vice-versa".
Luciana Braga trabalhou em sucessos da televisão, como Tieta, em 1989; Meu bem, meu mal, em 1990; Renascer, em 1993; e nas duas versões de Éramos seis: em 1994, no SBT, e em 2019, na Globo. A oportunidade de interpretar Judy veio da semelhança estética entre as duas artistas. Segundo Marinho, assuntos como os pais de Luciana, os primeiros passos na carreira, o curso de teatro, a gangorra do sucesso, acontecimentos dramáticos e a menopausa são abordados no palco.
O musical traz 14 sucessos de Judy ao vivo, como Over the rainbow, The man that got away, Get happy, That's entertainment. Estruturado a partir da trajetória artística de Judy, ele passa pelo cinema, pela televisão e pelo music hall, mostrando que astros de Hollywood possuem vidas pessoais muito parecidas com as de pessoas comuns. "Ninguém passa o dia na piscina tomando suco de abacaxi. É trabalho duro, com problemas envolvendo pai e mãe, romances mal resolvidos, perdas. Somos todos iguais. Judy, Luciana e nós", enfatiza Marinho.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
Serviço
Judy: O Arco Íris é aqui
Hoje e amanhã, às 20h, e domingo, às 18h, no Teatro Royal Tulip (SHTN — Trecho 1, conjunto 1B, bloco C). Com Luciana Braga. Ingressos disponíveis na Bilheteria Digital, com valores a partir de R$ 60 ( taxa). Evento recomendado para maiores de 12 anos.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br