Crítica // Sem ar ###
Duas irmãs têm que correr contra o tempo e controlar a própria ansiedade quando tudo dá errado em um mergulho numa caverna remota. O filme Sem ar, de Maximilian Erlenwein, é carregado de tensão e agonia do começo ao fim, com enredo simples, direto e engenhoso na solução de pequenos problemas que se apresentam ao longo da trama.
A ingênua Drew (Sophie Lowe) e a amargurada May (Louisa Krause) se reencontram depois de muito tempo separadas para uns mergulhos juntas. O colapso de um penhasco, entretanto, faz com que May fique presa debaixo de uma pedra com um tanque de oxigênio perto de acabar, e Drew tem que lutar para salvar a vida da irmã. As atuações das duas são destaques do filme, que muito trabalha a questão psicológica das irmãs, além das dificuldades afetivas e comunicacionais que fizeram com que elas se afastassem uma da outra emocionalmente.
O longa, com 1h30 de duração, apesar de não contar com uma trama particularmente inovativa, é muito eficaz quando busca provocar tensão na audiência, convidada a entrar na pele das personagens e a pensar, junto com elas, maneiras de escapar da crise que se desenrola debaixo da água. Para assistir, é necessário ir preparado para uma montanha russa de emoções, pois o filme certamente maltrata o psicológico do espectador até o último segundo. Nenhuma ponta fica solta nesse mar de tensão.
Estagiário sob supervisão de Pedro Ibarra
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br