Cinema

Amizade e maturidade estão no centro do drama As oito montanhas

Crítica // As oito montanhas // ####

Cena do filme As oito montanhas -  (crédito:  Imovision/Divulgação)
Cena do filme As oito montanhas - (crédito: Imovision/Divulgação)
Ricardo Daehn
postado em 01/09/2023 12:23 / atualizado em 01/09/2023 12:36

Crítica // As oito montanhas // ####

Casados, os codiretores deste denso drama italiano (em coprodução com França, Reino Unido e Bélgica), Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, foram muito celebrados, ainda como roteiristas da adaptação de um livro de Paolo Cognetti. Três anos depois de o filme brasileiro Bacurau vencer o Prêmio do Júri, no Festival de Cannes, As oito montanhas venceu (ao lado do polonês EO) a mesma honraria. Filme e roteiro levaram ainda o David di Donatello, o chamado Oscar italiano.

O filme teria algo de O segredo de Brokeback Mountain, mas envereda para uma afinidade nada sexual entre o intelectual Pietro (Luca Marinelli) e o rude Bruno (Alexandre Borghi). Mesmo "sem manutenção" por anos, a amizade de ambos tem alicerce simbólico: juntos, construíram uma casa a partir da determinação e ainda pela instabilidade cultivada em relações com familiares. No filme, outro pilar que dá lastro edificante está nas músicas do sueco Daniel Norgren, numa artimanha que desenha muita unidade na trilha sonora. Conquistas, celebrações e comunhão se apresentam efetivas, neste maduro drama que, de quebra, exalta a natureza. 

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