Gastronomia

Dentro e fora do Plano Piloto, gastronomia no DF atende a todos os públicos

Para os apreciadores da gastronomia, o Divirta-se Mais selecionou, nesta semana, seis restaurantes que mostram a diversidade de opções presentes no quadradinho

Camarão com abacaxi, arroz biro biro e banana crocante do restaurante Manatí -  (crédito:  Kayo Magalhaes)
Camarão com abacaxi, arroz biro biro e banana crocante do restaurante Manatí - (crédito: Kayo Magalhaes)
Isabela Berrogain
Giovanna Kunz*
postado em 01/09/2023 06:00 / atualizado em 01/09/2023 11:37

A capital do país está entre os principais polos gastronômicos do Brasil e, apesar do Plano Piloto oferecer restaurantes de qualidade com chefs renomados, outras regiões do Distrito Federal surpreendem no quesito gastronomia. Uma das melhores características da culinária brasiliense é a variedade de influências que a comida local traz de diferentes regiões do país.

O proprietário do restaurante Bitaca, Luiz Mairink, destaca que a vinda de pessoas do mundo inteiro para Brasília é um divisor de águas para a culinária, mas percebe que a gastronomia ainda tem muito potencial de crescimento. "Temos pessoas do mundo inteiro e do Brasil inteiro aqui, eu acho que isso se reflete na gastronomia da cidade. Por ser uma cidade jovem,  ainda é uma cena em formação. Então, a gente tem uma possibilidade muito aberta de construção de novos conceitos, de casas com propostas diferentes, interessantes", diz ele.

Rodrigo Fiuza, proprietário do Manatí, também reforça que Brasília conta com um vasto repertório gastronômico pelo território: "Ela se tornou um importante polo gastronômico e hoje é possível encontrar todo tipo de comida por aqui", enfatiza.

Mas, para carregar esse título de polo gastronômico, é preciso mais do que apenas fazer uma comida gostosa. Jakellyne Silva, proprietária do restaurante Quintal, em Vicente Pires, opina sobre os motivos da capital alcançar esse lugar: "Brasília vem se destacando cada vez mais no cenário gastronômico brasileiro por causa da profissionalização e serviços de qualidade que não deixam a desejar em nada. Além disso, tem investimento constante em lugares mais bem decorados, sustentáveis e confortáveis."

Pensando nisso, o Divirta-se Mais separou seis restaurantes, em diferentes regiões administrativas do Distrito Federal, com as mais diversas opções: frutos do mar, pratos vegetarianos e pratos afetivos, que realçam a singularidade dos ingredientes locais.

Direto da praia

Com o sonho de trazer a culinária da praia para a capital, o contador Ronan Fiuza e o advogado Rodrigo Fiuza decidiram abrir o Manatí. Como nenhum dos dois tinha experiência na área, a Kelly, que tinha trabalhado no ramo de alimentação e é esposa de Ronan, foi crucial para concretizar o sonho do restaurante.

O Manatí chegou a Águas Claras há 10 anos e oferece diversas opções típicas do litoral, como moquecas e acarajé. "Escolhemos Águas Claras por ser um bairro jovem e que na época carecia de opções", explica um dos proprietários da casa, Rodrigo Fiuza. Segundo ele, o queridinho da casa é o chiclete de camarão (R$ 139,90), prato que serve duas pessoas e é composto por camarões flambados e cobertos com molho à base de queijo, arroz de brócolis e fritas. 

 

Sinta-se em casa

Localizado em Vicente Pires, o restaurante Quintal nasceu do sonho do casal Leonardo e Jakellyne de construir um local para as pessoas comerem comida afetiva e se sentirem no quintal da própria casa. "É um local arejado, bem decorado, com comida de qualidade, preços justos e, sobretudo, com um atendimento que faz com que os nossos clientes se sintam em casa", destaca Jakellyne.

O carro-chefe da casa é a costela suína (R$ 99), defumada por mais de 8h com lenha frutífera e servida com molho barbecue e com acompanhamentos que ficam à critério do cliente. Para os que não gostam de carne suína, a costela bovina tem o mesmo preparo.


Trem bom, uai!

Um pedacinho de minas em Brasília, a história do restaurante e bar Bitaca começou em 2014, em Belo Horizonte e, em setembro do ano passado, mudou-se para Brasília. A proposta da casa é servir pratos que remetem à comida tradicional de boteco, muito presente em Minas Gerais. A casa oferece pratos do dia, sempre com uma opção com carne e uma opção vegetariana.

Além disso, a casa busca produzir artesanalmente os alimentos oferecidos para selecionar todos os ingredientes utilizados. "Tudo que comem na Bitaca da Norte é feito lá mesmo. A gente faz a própria carne de sol, linguiça, conserva de picles, fermentados, geleias, molhos, mostarda, salgadinhos, tudo é feito por nós", explica o proprietário Luiz Mairink.

Mesmo com o cardápio variado, a atenção sempre volta para o torresmo de barriga (R$ 24). A barriga de porco dispõe da parte carnuda, que fica suculenta e cozida, e da parte da pele, que fica frita e crocante por fora. Outro destaque é a tábua da casa (R$ 59), composta por linguiça e fermentados.


Beleza do cerrado

A chef Di Oliveira saiu do Masterchef com a ideia de abrir um restaurante de comida contemporânea brasileira e criou o Brasis. A casa no Lago Oeste — dentro de uma área de preservação ambiental — destaca os frutos do mar e a mistura de sabores, principalmente o agridoce. "Eu amo o agridoce, então misturo muito as frutas. Temos molhos de cupuaçu, molhos de framboesa do cerrado e molho de seriguela", conta a chef.

O destaque é o menu clássico de cinco etapas (R$ 168), que passeia pelos principais pratos da casa. Um dos pratos é o filé do cerrado, que é um filé mignon alto, grelhado na manteiga de ervas e colocado em um molho de framboesa do cerrado e acompanhado de um aligot, de queijos emmental e canastra, e farofa.


Viagem gastronômica

Com menu de autoria da chef Andréa Munhoz, o restaurante Lake's, localizado na Asa Sul, une a culinária brasileira e os pratos mais apreciados pelo mundo. "Nosso diferencial é que estamos sempre presentes na rotina do restaurante e atentos à qualidade do produto. Nós conhecemos o paladar do cliente, suas preferências e, até mesmo, características como a mesa que gosta de sentar e o que gosta de beber", diz os proprietários Zeli Ribeiro e Angela Munhoz.

O carro-chefe da casa é considerado um clássico desde 1985, a picanha fatiada (R$ 105), que acompanha farofa de ovos.

Tradições da cozinha

O Nonna Augusta surgiu a partir da vontade de celebrar origens e tradições familiares. As maiores influências da casa, localizada no Guará, vieram da avó materna da proprietária Rosana Braga, que era cozinheira, e de sua descendência italiana paterna. Entre os pratos do menu, um dos que mais se destaca é a parmegiana (R$ 125), com o molho feito de tomates italianos frescos que coziam por 8 horas. Outra estrela é o nhoque de batata (R$ 83), que, segundo Rosana, é uma receita que acompanha a família por gerações

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