A carne bovina é a mais consumida no Brasil e no mundo e, uma das explicações para o fenômeno, é a versatilidade que os mais de 20 cortes proporcionam. Cada um deles tem características próprias, como sabor, textura e suculência. A diferença entre os cortes se dá pelo nível de atividade muscular do animal — cortes com a carne mais macia vêm de partes com menos uso, enquanto os cortes com a carne mais rígida vêm das regiões mais exercitadas.
Para Bruno Oliveira, proprietário do Rebu — Fogo e Fumaça, é unanimidade que o churrasco é uma paixão nacional. "Nós sabemos que, culturalmente, o churrasco é algo que o brasileiro consome praticamente todo fim de semana", afirma. "Tanto é que temos opções de entradas, lanches e pratos principais. Assim, as pessoas podem consumir a carne em um prato para compartilhar, por exemplo, ou em um hambúrguer, em um sanduíche", detalha Bruno.
Leandro Pompeo, sócio-proprietário do Fuego Alma e Vino, compartilha da visão, ainda mais quando se trata dos moradores da capital federal. "Os brasilienses são verdadeiros amantes de carnes, com destaque para os cortes especiais como a picanha, chorizo e o ancho", elenca.
Compreender as particularidades das partes do animal é crucial para ter um bom resultado nas receitas: cada uma tem tempos de cocção, modos de preparo e combinações características. "Observamos a importância de cortes de extrema qualidade, visto que a cada dia o mercado está cada vez mais forte e o público exigente em todos os quesitos", complementa o proprietário.
Pensando nisso, o Divirta-se mais separou seis restaurantes que oferecem aos brasilienses os mais diversos cortes de carne assados, grelhados, marinados, temperados e combinados da forma que mais evidencia o sabor do alimento.
Cortes na parrilla
Com mais de 30 anos de história, o nome da casa entrega o que é necessário para fazer um bom churrasco: Sal e Brasa. Hoje, existem 10 churrascarias Sal e Brasa pelo Brasil, mas os quatro sócios, amigos gaúchos, criaram a primeira em São José do Rio Preto, em 1993. No entanto, o grupo inaugurou a unidade de Brasília apenas em 2020. "Brasília é uma cidade onde a população adora um rodízio de carnes e o consumo na cidade é bem grande", pontua Guilherme Meireles, gerente do restaurante.
A casa funciona em esquema de rodízio (almoço, de segunda a sábado, por R$109,90, domingos e feriados, por R$ 119,90 e jantar, todos os dias, por R$ 79,90), mas alguns cortes especiais assados na parrilla se destacam. O flat iron, o prime rib, o steak sal e brasa e a picanha são os cortes — preparados no açougue deles — que são imperdíveis no rodízio.
Sabor argentino
Terceiro polo gastronômico da culinária nacional, Brasília é sede dos mais relevantes chefs do país e do exterior, e o Fuego, Alma e Vino é prova disso. Quem comanda a parrilla da casa é o argentino Bienvenido Sotello, mais conhecido por Pepe, reconhecido como um dos maiores assadores do mundo. No país natal, o chef fez história — Don Julio, antigo restaurante de Pepe, alcançou em 2020 o primeiro lugar no ranking dos melhores restaurantes da América Latina do ano.
Em março de 2021, o hermano decidiu dar continuação à trajetória de sucesso na capital do Brasil. Especializada em parrilla, com inspirações de países da América do Sul, o Fuego, Alma e Vino é considerado, hoje, uma das principais casas gastronômicas da cidade. Grande parte das referências presentes no menu vem de pratos e cortes típicos da Argentina e do Uruguai, além de referências da gastronomia italiana e contemporânea.
Em relação aos principais cortes do estabelecimento, o local destaca três importações diretamente do país do chef Pepe: o ojo de bife (R$ 192 — 500g), mais conhecido como miolo do contra-filé, o bife de chorizo (R$ 115 — 300 g), parte traseira do contra-filé, e o bife ancho (R$ 192 — 500g), parte dianteira do contra-filé.
Fogo acolhedor
O Rebu surgiu em Taguatinga há dois anos com o intuito de ser um local aconchegante e com a energia de um churrasco caseiro. O diferencial da casa está no preparo — todos passam, em alguma etapa, pelo fogo. Pode ser o molho, a carne ou algum outro ingrediente, mas o que importa é o contato com a brasa e a fumaça. "Nós somos especialistas em trabalhar com fogo. O fogo transforma, aquece, traz sabor e texturas", ressalta Bruno Oliveira, sócio do restaurante.
Além de levar o gosto do churrasco não apenas para as carnes, mas também para as entradas, lanches e hambúrgueres, o espaço busca trazer o aconchego do churrasco familiar. A casa conta com uma decoração urbana, grafites e elementos da cultura pop, que mostra a conexão entre a gastronomia de fogo e a rua.
Entre os cortes de carne que o restaurante oferece, o campeão de vendas é o Short Rib (R$ 89), ele é retirado do miolo do acém, conta com gordura entremeada e é servido com vinagrete e arroz parrileiro.
A realeza das carnes
Há sete anos em Brasília, a Steak Bull é uma das grifes mais queridas pelos brasilienses quando o quesito são cortes carnes nobres. A principal unidade da marca traz um rodízio de mais de 30 opções, entre bovinos, suínos, aves e pescados, e dispõe de um bufê regado ao melhor da gastronomia brasileira com mais de 20 acompanhamentos. Entre os principais cortes, a picanha, o chorizo e o carré de cordeiro são os preferidos do público. O preço do rodízio varia entre R$ 109 (almoço de segunda a sexta), R$ 129 (almoço aos finais de semana) e R$ 99 (jantar todos os dias). O diretor de operações da Steak Bull, Paulo Godo, conta como percebe a relação da capital com o consumo de carne. “Os brasilienses são bastante carnívoros! Para os brasileiros, tudo é motivo para um bom churrasco, seja uma comemoração de aniversário, confraternização e até mesmo celebrações de casamentos e noivados. Praticamente toda semana recebemos eventos deste porte, e, por oferecermos um serviço premium e variado, conseguimos atender aos gostos mais exigentes", afirma.
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