Gastronomia

As culinárias mineira e do cerrado se encontram nos restaurantes do DF

Em comemoração ao Dia da Gastronomia Mineira, celebrado na última quarta-feira, o Divirta-se mais indica o melhor da culinária das "Gerais" na cidade

Pense numa coisa boa, que é a culinária mineira e, melhor ainda, se for misturada  com a gastronomia da sua vizinha Brasília. A influência da cozinha de Minas Gerais é cada vez mais forte na capital do Brasil, conquistando o paladar dos brasilienses pela variedade nos sabores, temperos e doces caseiros, como o clássico doce de leite ou o popular pão de queijo.

Para Carlos Humberto, um dos proprietários do restaurante Moinho, a comida mineira traz sensação de lar: "A comida mineira mexe com a memória afetiva, lembra a infância, os almoços de domingo e a comida de avó". Gil Guimarães, chef da Casa Baco, concorda que esse é um dos diferenciais da cozinha de Minas Gerais. "A culinária mineira é tradicional do quintal, é uma comida de raiz, das famílias, porque é uma comida que, de forma geral, está ligada à terra, ao quintal. O porco e a galinha, por exemplo, são coisas que se criavam no quintal. O couve, o milho, toda essa parte da cozinha está no quintal das pessoas, então é algo que representa muito o Brasil", pontua.

Proprietário do Minas Bistrô, Daniel Souto acredita que os restaurantes de Brasília são capazes de trazer à capital as raízes de Minas. "Mesmo nos lugares mais sofisticados, a cozinha mineira não perde sua essência. É uma comida que desperta o lado afetivo, a culinária da avó, mãe, tia", avalia.

Aos interessados em homenagear a culinária do estado do Sudeste, o Divirta-se mais selecionou seis restaurantes que reúnem o melhor da cozinha mineira. Confira!

Comida caseira

Em atividade desde 2017, o Minas Bistrô reúne, em um ambiente familiar, o melhor de Minas Gerais. "Nossa comida é de fato caseira e extremamente fresca, feita diariamente", assegura Daniel Souto, proprietário do local. Um dos diferenciais da casa é o tempero à base de alho, típico da culinária mineira, além da produção autoral dos produtos e as opções da cozinha raiz de Minas.

Atualmente, o destaque do menu é o torresmo de rolo (R$ 29), feito da panceta do porco. "A carne chega para o restaurante direto do frigorífico, refrigerada. Isso traz uma qualidade enorme para o prato", detalha Daniel. Outra opção é o torresmo de rolo gourmet (R$ 36), acompanhado por goiabada cascão.

Tradição de Minas

Expansão da tradicional Baco Pizzaria, a Casa Baco reúne as mais diversas influências gastronômicas do proprietário Gil Guimarães. Apesar das experiências internacionais do chef, a culinária brasileira é o destaque do restaurante, com pratos focados exclusivamente na cozinha mineira.

No menu, o lombo de sol (R$ 66) — lombo de carne de sol servido com a versão da casa da canjiquinha mineira, demi glace de pé de porco e crocante de ora-pro-nóbis — chama atenção. O prato é servido no almoço, todos os dias. Outra estrela do cardápio é o prime rib de porco (R$ 55), acompanhado pelo clássico feijão tropeiro mineiro e servido durante a semana, no período do almoço.

Legado mineiro na capital

Sob o nome de Feitiço das Artes, os sócios Joel Oliveira e Jerson Alvim mantêm vivo, na 306 Norte, o legado deixado pelo Feitiço Mineiro, point da culinária mineira e da música brasileira. "Nós consideramos que a culinária mineira é uma das mais ricas e mais bem aceitas no paladar do brasileiro, e, dessa forma, a casa vem aprimorando práticas e condutas e mantém o padrão de qualidade de sua cozinha, conhecida não apenas no DF, mas em todo o Brasil", afirma Jerson.

Hoje, a casa tem um cardápio à la carte, com opções como filé à moda mineira (R$ 98), galinha ao molho pardo (R$ 78), costelinha de porco ao velho chico (R$ 89) e lombo à diamantina (R$ 88). O carro-chefe do restaurante, no entanto, é o bufê de comida mineira, servido, diariamente, no almoço e no jantar.

A casa oferece também petiscos para acompanhar enquanto os shows, constantes no Feitiço das Artes, animam a noite. O tradicional fígado acebolado com jiló (R$ 42) é um dos destaques, junto com o queijo coalho com melaço (R$ 38) e a linguiça de formiga (R$ 54).

Referência no Guará

Há 14 anos na QE 30 do Guará II, o Meire Gontijo é referência de comida mineira na cidade. "Eu vim de Minas, sempre gostei muito da culinária mineira. Sem querer ser melhor do que os outros, mas eu considero (a cozinha mineira) a melhor do Brasil", afirma a proprietária, Meire Gontijo. "Só quem viveu mesmo nas Gerais sabe como o pessoal dá valor à comida e aos temperos. Quando me mudei para Brasília, senti falta daquela comida caseira, com sabor de roça, de comida de vó", conta.

O restaurante oferece pratos caseiros no almoço, que mudam a cada mês, com exceção da feijoada às sextas e aos sábados. No jantar, a casa oferece rodízio de pizzas (R$ 49,90 de segunda a quinta e R$ 54,90 de sexta a domingo e feriados), massas e caldos.

Gostinho da comida de casa

O Moinho foi criado em novembro de 2006, funcionando como uma cafeteria, com cafés especiais, bolos, quitandas, tudo feito de forma caseira, além de um bufê de café colonial. No entanto, a clientela rapidamente aumentou e foi necessário expandir o negócio. "Passamos a servir massas no horário do almoço, sempre mantendo nosso padrão simples e gostoso e, a pedido dos clientes, fomos aumentando a variedade de pratos. Assim, surgiu o restaurante, cultivando a tradição e o gostinho da comida de casa", explica Carlos Humberto, um dos proprietários.

O restaurante trabalha com o sistema de self-service (R$ 79,50 — de segunda a sexta e R$ 89,50 — sábado). Apesar de não contar com um carro-chefe específico, destaca algumas delícias, como a galinhada com tutu, servida nas segundas-feiras, e o tradicional frango caipira ao molho com quiabo e angu de milho verde, pequi e guariroba, disponível sempre às quartas— feiras e sábados. Os clientes também podem encontrar no restaurante pratos como pururuca, torresminho, carne de lata com calda de rapadura, fígado com jiló, costelinha, pamonha e pastelzinho mineiro.

O melhor da cozinha em família

Desde 1996, o Fogão de Pedra busca trazer o melhor da cozinha mineira no sistema self-service para a capital federal. Em razão das descendências mineiras, a família proprietária do restaurante resolveu adaptar as receitas de avós, mães e tias para serem aplicadas no menu do restaurante. "Nós oferecemos aos clientes qualidade e variedade, preservando os mais autênticos e tradicionais sabores da culinária mineira", garante Elba Ferreira.

A casa funciona no regime bufê (R$ 83,90), e conta com mais de 100 opções. Em meio a tanta diversidade, Elba destaca o frango caipira, linguiça suína artesanal, polenta, tutu de feijão, feijão tropeiro, arroz com pequi e costelinha suína.

 

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