Cinema

Inspirações nas artes alimentam estreias de cinema

Filmes derivados da literatura ou que exploram a música dominam as estreias de cinema na capital: são seis filmes, além do fenômeno Missão: Impossível

Ricardo Daehn
postado em 14/07/2023 06:44 / atualizado em 14/07/2023 12:07
Perdida: adaptação de livro nacional impulsionado pelo hábito da leitura      -  (crédito:  Disney/Divulgacao)
Perdida: adaptação de livro nacional impulsionado pelo hábito da leitura - (crédito: Disney/Divulgacao)

Cinema e arte se encontram em três filmes que estreiam na cidade: o estrangeiro A professora de violino e os nacionais Perdida e Seus ossos e seus olhos. Enquanto, recentemente, a sétima arte explorou, em Tár (com Cate Blanchett e Nina Hoss), o drama de uma maestrina, agora, com A professora de violino, a dramaticidade nos bastidores da música de câmara está impregnada no dia a dia de uma professora.

Aos 48 anos, Nina Hoss volta à cena na pele da docente Anna Bronsky que, no segundo filme da diretora e atriz alemã Ina Weisse, luta pelo sucesso do pupilo Alexander (Ilja Monti). Pelo novo longa, Hoss, que há 16 anos venceu o Urso de Prata de atriz, em Berlim, com o filme Yella, venceu prêmio de interpretação no Festival de Estocolmo.

Também adentrando os bastidores do fazer artístico, Seus ossos e seus olhos traz atores como Malu Galli, Caetano Gotardo, Vinícius Meloni e Carlos Escher às voltas com o cotidiano de um legítimo cineasta da classe média. Parceiro de Marco Dutra, em obras como o premiado longa Todos os mortos, Gotardo (de O que se move) dirige o novo longa. Na trama, há relatos de realizações amorosas e sexuais do diretor representado, numa rede de relações afetivas e criativas, além do relato de memórias. O filme esteve em festivais como os de Roterdã, Lisboa e Hamburgo.

Na terceira atração, igualmente uma produção nacional, Perdida aborda a história de um casal improvável, que se conhece a partir de uma espécie de fusão de eras distintas em que vivem. Consumidora de muita literatura, a protagonista para no século 19, ao usar um celular de outra pessoa. Ian é o pretendente a viver um novo amor, ao lado dela.

De sustos e invenções

O acesso a diferentes planos da vida do cientista e inventor Leonardo da Vinci, morto há 500 anos, se desenha na dramatização de vida proposta pelo diretor Jesus Garces Lambert, e estrelada por Luca Argentero, no longa-metragem Eu, Leonardo da Vinci. O longa estreia, três semanas depois de exibido no segmento A Grande Arte no Cinema, integrado à mostra 8 1/2 Festa do Cinema Italiano.

Com pé em origem mais imaginativa, o longa de fantasia O portal secreto (de Jeffrey Walker, um dos autores de Modern family) conta com os veteranos Sam Neill e Christoph Waltz no elenco. Encabeçada por Patrick Gibson (ator visto em Tolkien), a trama mostra um estagiário londrino que deve garantir a posse de um misterioso objeto capacitado a levar viajantes aos mais inesperados destinos. Por fim, o Distrito Federal recebe na telona a produção franco-belga A noite do dia 12, que encampa aura investigativa. O filme de Dominik Moll revela o destino de um agente que vê a existência perseguida por um assombroso assassinato.

 

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