Cinema

Novo filme da franquia 'Transformers' leva para as telonas robotizados animais

Sétimo filme da franquia, 'Transformers: O despertar das feras' retrata lutas e disputas por infinitos planetas

Entre as eternas chamas dos apocalípticos e explosivos cenários de Transformers, o mais novo exemplar, comandado por Steven Caple Jr., traz o esperado combustível de esperança, na luta e disputas por infinitos planetas. Optimus Prime (com a voz de Peter Cullen), em mais um filme sob produção de Michael Bay e Lorenzo Di Bonaventura, segue culpado por demais e desconfiado dos humanos, depois de ver os amigos de Cybertron presos e acuados na Terra. Graficamente pobre, em alguns momentos (com cenas que serviriam a painel de Powerpoint), o filme renova aspectos de fio da meada, numa trama escrita por Joby Harold (No limite do amanhã), Darrell Metayer e Josh Peters (ambos da série Black mafia family), além dos irmãos Erich Hoerber e Jon Hoerber (de Battleship). A disputa pela posse de uma chave capaz de unir e separar mundos traz o mote central do longa-metragem.

Carismático e corajoso, o protagonista humano é Noah (Anthony Ramos) que, desempregado, vê o irmão Kris enfrentar problemas de saúde. Lutar juntos não é sina dos rapazes: acaba sendo o teor de fundo para todos envolvidos na aventura passada em diferentes épocas e locais. Concentrado em 1994, o filme traz quase por lema, o "juntos como um só" saído da boca de um dos personagens. Fusão é, em muito, palavra de ordem no filme, isso a ponto de a carne de um dos personagens quase aderir à lataria de um autobots (num efeito que faz lembrar a ação de Círculo de fogo). Noutra fusão, a prestativa maximal Airazor tem a mente dominada por uma malévola criatura. Mas há ainda um dado de fusão na franquia (pronta para um reboot) que chega ao sétimo longa que não convém citar.

As lideranças serão compartilhadas no novo Transformers. O filme traz Scourge como emissário de um mau maior — o mais perverso terrorcon chamado de Unicron. Para os fãs mais sensíveis vale a ressalva que, em dado momento, o inofensivo Bumblebee estará retorcido e quase se apagando, atirado ao solo. Somente o almejado combustível dos autobots, o energon, lhe dará sobrevida. Quem reforça o lado dos mocinhos, é a esperta filha de um sábio taxista do Brooklyn é Elena (Dominique Fishback). É dela o insight de buscar no Peru, um artefato que deve salvar a humanidade inteira.

Depois do contato inicial de Noah com o autobot Mirage, o filme engrena. Ainda que com poucas piadas, o roteiro traz alguns bons trocadilhos como o feito com Donkey Kong. Outra apropriação diz respeito ao mecanismo à la Homem-Aranha que Noah traz, ao ser presenteado por um dos autobots, numa saga em que, inicialmente, ele apenas cava oportunidades profissionais. Além da presença colorida de uma kombi, detalhes da cultura inca e um desfile religioso na América do Sul aumentam o interesse pelo filme.

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