Quem encara a premissa e mesmo o ator central de Meu pai é um perigo, assinado por Laura Terruso, vai inevitavelmente lembrar da comédia Entrando numa fria. O novo filme entretanto é baseado na vida do comediante Sebastian Maniscalco (Sebastian, no filme), que traz à tona exemplo de corriqueiras associações a mafiosos e a rusticidade de conviver com italianos.
No enredo, Sebastian quer emplacar a pretendente Ellie (Leslie Bibb) no ciclo familiar, em que o pai Salvo (Robert De Niro) deixa evidente o gosto por ser um imigrante italiano. Antes de entregar ao filho uma relíquia familiar (no caso, uma aliança), Salvo pretende conhecer, a fundo, a família da futura nora.
Apegados à excentricidade e à riqueza, os familiares emplacam um pesado confronto de ideais. Para começar a futura sogra de Sebastian se mostra uma senadora pra lá de conservadora. Para além do conflito de gerações, o final feliz fica ameaçado diante da excessiva admiração do noivo pelo próprio pai, dado que pode arruinar o pretendido casamento.
Mais uma vez, o terror?
Com roteiro de Leon Prudovsky e Dmitry Malinsky, o filme que mistura drama e comédia, e leva a assinatura de Prudovsky, Meu vizinho Adolf! navega em terreno controverso: remodelar a detestável figura de Adolf Hitler. No elenco estão David Hayman, Udo Kier e Danharry Colorado.
Já exibido no Brasil, na programação do Festival Filmelier, em abril passado, o longa foi criado numa coprodução entre Colômbia, Israel e Polônia. No circuito dos festivais, foi selecionado para o Haifa International Film Festival e o Locarno International Film Festival, ambos de 2022.
Situada na América do Sul dos anos de 1960, a trama coloca Polsky, um ranzinza sobrevivente do Holocausto, convencido de que mora ao lado de ninguém menos do que Adolf Hitler. A fim de coletar provas do que apenas suspeita, o homem, que passa por amplo descrédito, inicia uma investigação independente. Sem evidências contundentes, se vê obrigado a uma relação mais próxima com o novo vizinho.
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