Com uma mescla de linguagens que inclui realidade virtual, fotografia, vídeo e performance, a instalação Onírica ocupa o Museu Nacional da República com uma obra que cria um ambiente imersivo para o público. "É uma exposição híbrida no sentido de que traz a questão das paisagens sonoras, da realidade virtual e do registro topográfico e em vídeo das ações performativas", explica Carlos Praude, idealizador da instalação, que tem ainda participação de Rita de Almeida Castro e Felipe Praude.
No museu, o público pode, por meio de óculos de realidade virtual, mergulhar em paisagens preenchidas com imagens de realidade virtual mescladas às performances de Rita. "Além de trabalhar com os elementos da natureza, fiz recortes poéticos que inspiraram as características estéticas do programa Onírica, como a questão do tempo, com fragmentos poéticos de Manoel de Barros, que orientaram as definições estéticas do programa", explica o artista. Imagens de uma viagem pelos lençóis maranhenses também entraram para o repertório da instalação. "Como ação criativa, o projeto Onírica, na sua concepção original tinha esse objetivo de promover ao público uma experiência estética que possibilitasse desencadear ações criativas no campo da imaginação, da ação do corpo em movimento", descreve Praude.
O projeto chegou a ser selecionado para o programa Itaú Rumos na área de arte e tecnologia em 2020, mas acabou tomando a forma física de uma exposição apenas agora que a pandemia arrefeceu e interações com os equipamentos de realidade virtual não são mais tão perigosas. Além da parte imagética, a instalação traz também um componente sonoro criado por Felipe Praude, filho de Carlos e estudante de composição na Universidade de Brasília (UnB). "O interessante é sentar na instalação interativa e observar a quadrofonia que existe no espaço. É muito interessante essa questão da narrativa que a sonoridade traz para o campo da imaginação", explica Carlos.
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