Artes Cênicas

Espetáculo convida crianças a subirem ao palco para participar de peça

Espetáculo para crianças de 0 a 6 anos convida os pequenos a participarem da história. Peça faz parte do 9º Festival Internacional de Artes Cênicas para a Primeira Infância

Nahima Maciel
postado em 24/03/2023 07:07
 (crédito: Alexandre Brum)
(crédito: Alexandre Brum)

Como parte da programação do 9º Festival Internacional de Artes Cênicas para a Primeira Infância, a peça Caixa ninho, da Eranos Círculo de Arte, será apresentada amanhã no Sesc Ceilândia e foi pensada para crianças entre 0 e 6 anos. Não há separação entre plateia e tablado no espetáculo da companhia catarinense. As crianças, uma média de 20 no total, são convidadas a subirem ao palco para dividir o espaço com 750 caixas e papelão.

A ideia é que as caixas se transformem em personagens e ajudem os atores e diretores Sandra Coelho e Leandro Maman a contar a história dos passarinhos que habitam o cenário. "É uma peça intimista, para pouquíssimas crianças, que ficam junto com a gente no palco. Ninguém assiste, mas todos participam, todas as crianças e pais estarão imersos no cenário, que é modular e brincante", explica Sandra. As crianças são convidadas a fazer parte do espetáculo e a brincar com as caixas para construir o que a imaginação permitir.

Enquanto isso, os atores desenvolvem pequenas histórias sobre passarinhos que nascem, se desenvolvem e precisam aprender a voar. "Aos poucos, vão acontecendo algumas coisas, vou dando mais caixas, vamos construindo juntos, deixo elas construírem sozinhas e elas vão descobrindo o cenário. De repente, elas começam a ver que dessas caixas saem caixas pássaros, que vão colocar um ovo-caixa. Então conto um segredo, tudo muito intimista", diz a atriz e pesquisadora de teatro infantil.

Com um repertório de seis peças inteiramente dedicado a esse público, a companhia tem como característica criar espetáculos pensados para as crianças. A ideia é que o público ajude a fazer a narrativa acontecer. "Em todas as peças a gente trabalha com plateia bem reduzida e contato direto com as crianças, que ajudam a criar uma camada de dramaturgia. A gente propõe uma parte e as crianças trazem outra, e isso é a riqueza. As crianças são muito imaginativas e participativas, por isso acabam acontecendo coisas incríveis. O mais importante é que a criança tenha um lugar pensado para ela, exclusivo para ela", garante Sandra.

 


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