Ao ser celebrada em mostra pelo Cine Brasília (EQS 106/107), a atriz francesa Isabelle Huppert traz ao menos duas vezes o número 70 ao primeiro plano. Justo em março, ela completa 70 anos — e depois de iniciada artisticamente no teatro, foi nos anos de 1970 que se arriscou na telona. Atriz de respeito incomparável, ela — a razão de ser da mostra 70 anos em sete filmes — atuou sob o comando de diretores importantes como Michael Haneke (em filmes como A professora de piano e Amour), o falecido e revolucionário Jean-Luc Godard e ainda trabalhou com o holandês Paul Verhoeven, em Elle, filme de narrativa muito feminista que rendeu a Huppert uma indicação ao Oscar de melhor atriz.
Às 15h desta sexta (17/3), 70 anos em sete filmes destaca a colaboração de Huppert com Hal Hartley, em 1994, com Amateur. Na fita de alta voltagem erótica, ela interpreta uma virginal ex-freira que se arrisca na literatura, encontrando ainda uma corrente de violência pelo caminho.
Sábado (18/3), a atriz estampa o rosto ao lado da colega de cena Valeria Bruni Tedeschi em Fique comigo (2015), a ser exibido às 15h. A trama reúne um esportista, um jovem em temperadas aventuras sexuais e ainda uma imigrante argelina que se veem integrados ao cotidiano de um condomínio.
Domingo, às 15h, é a vez do longa A visitante francesa, obra do cineasta sul-coreano Hong Sang-Soo. No filme de 2012, uma estudante de cinema estabelece relações diferenciadas para uma personagem que esbarra em três caminhos possíveis. Diretor fundamental na carreira de Isabelle, Claude Chabrol criou o filme a ser mostrado na segunda-feira: Um assunto de mulheres. A produção de 1988 é ambientada na Segunda Guerra Mundial e trata de um ciclo de abortos clandestinos que dão sustento a uma mulher em dificuldades. François Cluzet completa o elenco.
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