A rota de Brasília também é associada ao rock que emerge na cena da capital. Com gênese na década de 1970, alguns locais foram surgindo como forma de perpetuar o que acontecia pela cidade. Até chegarmos nos anos 2020, pós-pandemia e o rock pulsando de uma forma diferente. Entre aberturas e fechamentos, um dos locais de maior potência para a cena musical da cidade retorna de vento em popa: o Zepelim.
A reabertura ocorre nesse sábado (11/3), em novo endereço. Antes instalado no Guará e, agora, na Asa Norte, o espaço mostra a firmeza precisa do que tem sido cada vez mais raro na cidade, segundo Rafael Lago, proprietário do Zepelim.
"Espaços como esse que enaltecem a música local têm se tornado cada vez mais raros, não é? Uma questão meio mesmo de negócio. É muito difícil você manter um ambiente tocando música original, mas também essa força vai gerando esse desejo pela novidade. Acho que as pessoas vão aprendendo a descobrir coisas novas. A expectativa é que seja uma noite legal como a gente teve antes em outro local, mas a expectativa maior é de que as pessoas ouçam música original de Brasília, para celebrar a nossa cultura, nosso patrimônio", enfatiza.
Shows
A noite de reabertura conta com nomes conhecidos pela capital: Fosco, Moscolês e Lupa. Matheus Carpes, vocalista e guitarrista da Fosco, o retorno resgata uma memória afetiva para a banda. "Tocar com a Fosco nesse novo Zepelim é algo especial pra mim. Quando a casa estava situada no Guará, ela recebeu nosso primeiro show oficial em 2019 e também pude assistir performances incríveis de muitos artistas por lá. Esse evento celebra a volta de um espaço que considero muito importante para os artistas independentes do DF", declara.
Para Múcio Botelho, vocalista da banda Lupa, a reabertura do Zepelim é uma ponta de esperança. "Tem lugar que é patrimônio de Brasilia. Ver o tanto de ponto foda de Brasilia fechando antes, durante e depois da pandemia é um pecado. Diminui a cena, fragiliza as bandas. Graças a deus que a gente tá vendo esse ressurgimento. Uma honra estar nessa reabertura, certeza que vou sair de lá louco de felicidade".
O evento ocorre nesse sábado e o foco é manter a resistência do rock autoral de Brasília como destaque. "A gente mora numa cidade que parece que trabalha pra atrapalhar a arte. Está começando a mudar, mas é um rolê hercúleo conseguir se consolidar e crescer quando não existem lugares pra gente criar audiência. Na rua não pode, nas praças não pode, nas quadras não pode. O DF precisa de mais espaços como o zepelim. É assim que se constrói cena. é assim que se fideliza público", reitera Múcio.
*Estágiária sob a supervisão de Severino Francisco
Zepelim, A Volta
Amanhã, às 20h, no Zepelim (SCLRN 713, bloco C, loja 27). Apresentações das bandas Fosco, Moscolês e Lupa. Ingressos no valor de R$ 30 ( taxas) pelo Sympla. Evento não recomendado para menores de 18 anos.
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