Gastronomia

A grandiosidade da Asa Norte: um roteiro de gastronomia pelo bairro

Variedade, qualidade e quantidade: conheça alguns dos mais diversos restaurantes do agitado bairro da cidade

Isabela Berrogain
Vinícius Milhomem*
postado em 10/02/2023 06:00 / atualizado em 24/07/2023 13:51
Filé-mignon com crosta de pães especiais com risoto de alho poró, do Santé 13
 -  (crédito:  Mariana Lins )
Filé-mignon com crosta de pães especiais com risoto de alho poró, do Santé 13 - (crédito: Mariana Lins )

No coração de Brasília, a Asa Norte é responsável por fazer os dias e as noites da capital pulsarem. O bairro é conhecido pelo comércio movimentado, a agitação dos bares e, claro, pela extensa variedade gastronômica. Exemplo no Plano Piloto, a Asa Norte conta com a essencial participação de um numeroso público jovem que resulta na vida badalada de quem passa muito tempo na rua.

"A Asa Norte tem uma população jovem bastante numerosa, além de hábitos que envolvem sair mais de casa, se comparamos com a Asa Sul", avalia Oswaldo Scafuto, proprietário do Santé 13. "Basta observarmos o Eixão Norte aos domingos, lotado de gente, muitas barracas e atividades distintas, mais ativo que o Eixão Sul. Essa disposição dos moradores do bairro atrai empresários da área do lazer e deixa evidente a vocação da Asa Norte para restaurantes e bares", pontua.

Para Francisco Emílio, sócio-proprietário do Beirute Norte, a relação do público da Asa Norte com os restaurantes do bairro é especial. "A Asa Norte tem um público que valoriza a gastronomia, além de ter duas grandes universidades e vários espaços culturais na região", pontua.

A heterogeneidade dos moradores e frequentadores da Asa Norte também é um aspecto facilitador para a variedade gastronômica da região. "A Asa Norte tem bastante diversidade e atende a todos os públicos. Você pode almoçar em um restaurante italiano, tomar café da tarde em um bistrô francês ou em um cafezinho nordestino e jantar em um japonês", aponta Jéssica Mesquita, gerente do Ninny.

A fim de honrar a grandiosidade gastronômica do bairro do Plano Piloto, o Divirta-se mais selecionou, nesta semana, seis restaurantes para você conhecer na Asa Norte.

Legado gastronômico

Carregando o legado de um dos mais tradicionais restaurantes de Brasília, o Beirute é, há 15 anos, também ponto de encontro para os moradores da Asa Norte. "O restaurante leva a tradição do Beirute da Asa Sul, mas já tem a sua característica própria, principalmente em relação ao espaço físico", garante Francisco Emílio, sócio-proprietário do Beirute Norte. "A casa costuma ser uma boa opção tanto para um almoço familiar, como também para um happy hour com os amigos", diz.

Além do tradicional filé à parmegiana, o Beirute conta com outros pratos destaque, como o picadinho de filé (R$ 134,60 — duas pessoas), o peixe com alcaparras (R$ 129,60 — duas pessoas) e a kafta à parmegiana (R$ 39,90). Para os vegetarianos, o kibeirute de berinjela (R$ 35,90) é uma das opções principais.

Tradição desde 1988

Fundado em 1988, o Don Romano Cantina e Pizzaria já faz parte da história da Asa Norte. “O foco na gestão da qualidade, treinamento dos colaboradores e atendimento ao cliente são os pilares da casa, que resultam no diferencial dos sabores de ser a primeira e mais tradicional cantina italiana de Brasília”, avalia o proprietário Wesley Moreira. As massas e molhos servidos pelo restaurante são de fabricação própria e artesanal, sem uso de aditivos ou conservantes. No menu, o público encontra clássicos da culinária italiana com toques contemporâneos. Os mais pedidos são o tradicional filé a parmegiana (R$ 87) e a pizza de calabresa (R$ 76 — oito fatias), com massa de fermentação natural e assada no forno à lenha. 

Experiência especial

Com um cardápio variado, o Santé 13 oferece uma opção gastronômica única para os brasilienses. “Somos um lugar diferente. Criamos um ambiente onde a música é escolhida uma a uma, a luz pensada para um ambiente aconchegante”, exemplifica Oswaldo Scafuto, proprietário do restaurante. “Tudo isso para que a nossa comida, pensada com muita criatividade e carinho, seja imersa em uma experiência especial para ser vivida conosco”, complementa. Segundo Oswaldo, o carro-chefe da casa é o filé mignon em crosta de pães especiais ao molho cranberry (R$ 89), servido com risotto de alho poró e chips de inhame. “O brasiliense ama carne com risoto, e nossa combinação agridoce, com uma pegada crocante, caiu nas graças de nossos visitantes”, afirma.

Gostinho italiano e acesível

O Veloce, na 110/111 norte, nasceu da inspiração da culinária italiana e da vontade de trazer uma parte dessa cultura para a capital. Para o gerente do espaço, Pedro Azevêdo, a Asa Norte se tornou um dos melhores bairros gastronômicos de Brasília devido à alta concorrência e ao paladar criterioso dos clientes. O restaurante é uma opção rápida e acessível da gastronomia italiana.

O prato de carne bovina à milanesa acompanhado de spaghetti ao alho e óleo e polpettone (R$45) se consolidou como o carro-chefe da casa. Já o risoto de filé com funghi (R$45) é o segundo mais pedido do restaurante. O gerente Pedro Azevêdo destaca: "Eles estão no cardápio desde o início da nossa operação e sempre foram campeões de venda".

O melhor da cozinha mineira

A Asa Norte ostenta uma enorme variedade gastronômica, e o restaurante Don’Durica, da chefe Angela Matias, é um dos principais exemplos de diversidade culinária no bairro. A gerente do Don’Durica da 201 norte, Anna Carolina Aguiar, explica o diferencial da casa. “É um restaurante mineiro que ficou conhecido não só pelo tempero marcante, mas também pela enorme variedade de pratos”, explica. O espaço funciona com um buffet rotativo (de R$ 89,90 a R$ 98,80), em que cada dia apresenta pratos diferentes, mas mantém as receitas mais pedidas por toda a semana, como a carne à mineira. “Este prato fica perfeito com arroz branco, feijão carioca e uma paçoquinha de carne”, destaca Anna Carolina.

Almoço em família

O restaurante italiano Ninny traz para o público da Asa Norte a culinária familiar do chef Antonio Di Giovanni. Um dos diferenciais da casa é a relação de Antonio com os clientes — o chef atende as mesas, serve o público junto à equipe de garçons e conta histórias da própria vida, tudo para dar um toque de almoço em família. "Podem se passar anos desde sua última vinda ao restaurante, o sabor estará do mesmo jeito quando retornar", assegura a gerente Jéssica Mesquita.

Segundo Jéssica, "cada cliente se conecta a um sabor de prato diferente", mas o queridinho da clientela acaba sendo o tagliatelle a la carbonara (R$ 69), feito com massa fresca, bacon flambado em conhaque e creme de ovos.

 

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

 

 


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