Crítica // A profecia do mal ##
Num misto de O código Da Vinci, filme de êxito de 2006, e qualquer produção B de terror, o novo longa-metragem de Nathan Frankowski A profecia do mal explora o destino da sofrida Laura (Alice Orr-Ewing), abalada pela perda de familiares. O drama dela, entretanto, ganha proporções mundiais, uma vez que, estudante em Turim (Itália), ela esbarra na ambição de uma sorrateira empresa de biotecnologia. A partir de fragmentos de DNA, presentes no milenar Santo Sudário, há pretensão de se recriar Jesus Cristo. A absurda premissa ainda piora, por se tratar de um plano de oferenda direta ao diabo.
O padre Marconi (Joe Doyle) é o grande aliado de Laura, ao longo do desenvolvimento do frágil roteiro do estreante Ed Alan. Na empreitada de libertar a humanidade de maiores complicações, o arcanjo Miguel se coloca à completa disposição. Lúcifer (Joe Anderson), entretanto, também está a postos, no filme que parte de uma linguagem de videogame para alcançar registros de efeitos especiais alinhados à ambientação de boate. Vestígios da mortalha cristã, clonagem e cultos de teor satânico dão as caras no filme, por vezes, precário. Num leve destaque, Eveline Hall vive a degenerada Liz, o que resulta em leve diversão. No mais, nada a recomendar em termos de originalidade.