Artes visuais

Exposição na Pé Vermelho navega entre símbolos e diálogos

Exposição no espaço Pé Vermelho, em Planaltina, reúne artistas do terceiro ciclo de residências promovidas pela galeria

Nahima Maciel
postado em 27/01/2023 06:48
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

A galeria Pé Vermelho recebe, a partir de amanhã, o Ciclo 3 de residências iniciadas em novembro de 2022. RYGDYM, RUGDAM — é bom que nois mantém o mistério é fruto de um mês de residência dos artistas Rômulo Barros e Gabriela Mutti, que produziram trabalhos criados sob a influência do local e da interação entre os dois.

O pesquisador José Eduardo e a educadora Vilma Santos, fundadores do Espaço Lage (Salvador), abrem o ciclo de exposição, às 16h, com uma palestra sobre memória artística, cultural e pesquisa relacionada ao subúrbio ferroviário de Salvador. A palestra faz parte da programação do ciclo de residência e tem lotação máxima de 40 vagas.

A residência de Gabriela Mutti e Rômulo Barros começou em 10 de janeiro e os trabalhos apresentados na galeria são resultantes do processo de vivência no Centro Histórico de Planaltina, onde fica localizada a Pé Vermelho. Barros conta que a experiência foi fundamental para a produção das obras. "Os símbolos usados no trabalho são imagens que encontro pela cidade, que estão no consciente ou inconsciente das pessoas. É uma coisa bem abstrata e, ao mesmo tempo, são imagens que estão por aí", explica o artista. "Aqui em Planaltina encontro muito, pela cidade, vários, portões, janelas e serralherias. Dissequei essas imagens e transformei outras imagens."

Fotografias, assemblages, esculturas e pinturas se misturam em uma proposta transmídia na qual Barros se apropria de todos os suportes e simbologias disponíveis para criar um universo cheio de significados. As obras integram o ensaio Travessias, sobre o qual o artista se debruça há um tempo com a proposta de pensar sobre temas como a morte e a finitude. "É um pensamento muito presente no meu dia a dia, então esse trabalho também é atravessar do silêncio para o barulho, da morte para vida, do inconsciente para o inconsciente", explica.

Caixas de som dão o tom do trabalho de Gabriela Mutti, que criou uma instalação a partir da ideia do encontro e do diálogo proporcionados pela residência. A artista coletou caixas de papelão que acabaram pintadas para construir um espaço no qual convida o público a refletir sobre o som e o silêncio. "Essas caixas de papelão remetem a caixas de som. Estou projetando um espaço de compartilhamento de festa e reunião, para ficar em silêncio ou ouvir o som, o barulho, músicas", conta.

 

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