Foi para olhar para temas como necropolítica, opressão, ódio e morte que os alunos do curso de museologia da Universidade de Brasília (UnB) decidiram convidar os 10 artistas de Corpos que resistem, em cartaz na Casa da Cultura da América Latina (CAL). "O tema da exposição são as centenas de milhares de mortos por covid-19, as opressões das minorias LGBT, dos pobres, da classe trabalhadora de base. Enxergando toda essa situação, escolhemos esse tema para trazer para as pessoas esse questionamento. Essa inquietação de despertar o interesse do público em se enxergar na sociedade como parte dessa minoria", explica Ana Clara Bispo, uma das alunas e curadora da mostra.
No total, foram selecionadas mais de 40 obras entre desenhos, pinturas, performances, vídeos e fotografias. Alguns dos artistas já são formados, outros não têm graduação, mas todos são nomes atuantes na cena brasiliense e trabalham com suportes e linguagens diversos.
Aisha Diéne, Azul Rodrigues, Cássia Olivier, Cauê, Daniel Ardisson-Araújo, Eduardo Moraes, Loreni Schenkel, Mariana Vidal, Nat e Paula Calderón sugerem que o público reflita sobre questões que afligem a sociedade brasileira de forma geral. "Escolhemos diversos artistas do DF, alguns da periferia, negros, LGBT, para trazer esse olhar desse povo que sofre e para despertar o público para essas questões", avisa Ana Clara.
Todos os organizadores da exposição fazem parte da turma de museologia e comunicação e, este semestre, eles se debruçaram sobre a execução do projeto expográfico, com um plano museográfico inteiramente concebido pelos alunos.
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