A junção mais feliz da arte popular com a erudita pode ser vista até domingo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A exposição Movimento Armorial — 50 anos termina, neste fim de semana, e é oportunidade única para conhecer o pensamento e a obra do paraibano Ariano Suassuna, autor de livros como O auto da compadecida e O romance d'a pedra do reino.
Com curadoria de Denise Mattar, a exposição reúne obras do próprio Suassuna e de outros artistas, como Francisco Brennand, Gilvan Samico, Aluísio Braga, Zélia Suassuna e Lourdes Magalhaes. Idealizada para celebrar as cinco décadas do movimento, a exposição passou por Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Para o encerramento em Brasília, o CCBB preparou a programação Referências armoriais, com três shows musicais que promovem o encontro de artistas nordestinos radicados no DF. As apresentações são gratuitas e ocorrem no domingo, a partir das 16h30.
Martinha do Coco abre os trabalhos à frente do grupo Baque Mulher com um pequeno trajeto que começa no vão do espaço, na saída da Galeria 2, e segue até a área externa do teatro para retornar ao ponto de saída. Os shows incluem, ainda, Roda de Coco, Maracatu de Baquel Virado e Som de Tambores, ritmos escolhidos pela idealizadora do projeto, Regina Rosa. São artistas que, segundo ela, procuram manter viva a cultura popular. Para Regina, o movimento armorial se mantém pulsante ao influenciar, até hoje, a produção artística brasileira.
Na sequência, após Martinha do Coco, entram em cena Encantaria das Matas, com suas referências indígenas e cantos inspirados nos povos originários, e o Baque Mulher — Nação Maracatu Encanto do Pina de Brasília, grupo de maracatu formado por mulheres e criado por Joana Cavalcante em Recife (PE), em 2008.
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