Música

Festival Groselha movimenta os domingos de janeiro no Infinu

Com a edição Nordeste em Chamas, o festival muda o formato e será realizado todos os domingos de janeiro

Anajú Tolentino*
postado em 06/01/2023 06:31
 (crédito: Foto: Luan Cardoso)
(crédito: Foto: Luan Cardoso)

Um dos queridinhos dos últimos anos, o Festival Groselha — Blasfêmias, Filmes B e Rock'n'Roll retoma os trabalhos, desta vez tendo a Infinu como cenário. Com a edição Nordeste em Chamas, o festival muda o formato e será realizado todos os domingos de janeiro.

Os filmes B são curtas selecionados que têm em comum qualidade técnica, ironia em sua narrativa, personagens ou situações inusitadas ou bizarras, dialogando com a proposta do Groselha de ser um espaço de rock'n roll com bandas novatas ou veteranas do cenário independente autorais e filmes instigantes.

No primeiro final de semana, além da banda brasiliense Akhi Huna, os veteranos da Mombojó retomam de forma significativa o underground de Brasília. "Esse ano a gente completa 22 anos de carreira. Acho que conseguimos nos enxergar como uma banda veterana até, o que não é uma tarefa fácil. Viver de arte no Brasil é um ato de muita resistência, de fato. Mas acho que nossa união e amizade permanece muito viva e transparece no nosso trabalho até hoje. E esse sentimento nos instiga muito a estarmos juntos e matar um pouco nossa saudade de tocar aí na capital, meio que dando uma pincelada em cada um dos seis discos. Tem um monte de música que não pode ficar de fora e é massa olhar para nossa obra e perceber o quanto a gente percorreu até chegar aqui! Às vezes, é bem difícil escalar um set list para um show numa cidade que faz tempo que a gente não vai. Podem ter certeza que estamos muito empolgados com esse show. Se deixarem, a gente vai tocar todas!", conta Chiquinho Moreira, tecladista da banda, para o Correio.

O quinteto também carrega a importância da cultura pernambucana como bagagem musical, movimentando em si a relação direta de espaços que fortalecem a cena musical independente e alternativa do país. "É fundamental para a música a manutenção desses espaços que acolhem as artes sem muito vício mercadológico.  É muito simbólico, nesse momento, a gente ainda poder experimentar sonoridades, reinventar velhas músicas nossas e compartilhar isso com o público de perto. Criar essa cumplicidade torna-se ainda mais marcante na construção da relação do artista com o seu público".

*Estagiária sob supervisão de Severino Francisco

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE