Cinema

Filme nacional ocupa raro espaço de thriller de terror

Pouco explorado, o thriller nacional de terror ganha raro exemplar, com 'As almas que dançam no escuro'

Nascido em Florianópolis (SC), o diretor Marcos DeBrito tem se voltado para a ocupação de um espaço lacunar na cinematografia nacional: a do thriller policial. Foi ao lado de André de Campos Mello que, com a codireção do longa-metragem Condado macabro, chamou a atenção em 2015. Agora, com As almas que dançam no escuro, o mais recente filme dele, exibido pelo Rio Fantastik Festival, DeBrito venceu o prêmio de melhor direção.

Quem puxa a trama de As almas que dançam no escuro é o personagem Carlos (Paulo Vespúcio) que, numa uma jornada incondicional, busca pelo paradeiro da filha Fernanda (Elisa Telles). Irreconhecível, o corpo da moça aparece numa praia, em cenário envolto por completo mistério.

Empenhado num justiçamento a todo custo, Carlos se une a uma espécie de anfitrião (papel de Francisco Gaspar) que, negocia vantagens, ao entregar sucessivas pistas ao pai desesperado. Além de um padre (interpretado por Alan Pellegrino), Carlos vai se deparar com um tatuador (João Cândido), elementos capazes de somarem elementos no desfecho que passará ainda pelo passado de noitadas de Fernanda pelo revelador Clube Inferno.