Cinema

Um cinema existencial que é festa no interior

Festival Internacional Cinema e Transcendência explora imaginário e cultura nordestina e portuguesa

Ricardo Daehn
postado em 09/12/2022 06:22
O cantor e compositor Dominguinhos é uma das personalidades relembradas pelo cinema, no evento do CCBB -  (crédito:  Bob Paulino/TV Globo)
O cantor e compositor Dominguinhos é uma das personalidades relembradas pelo cinema, no evento do CCBB - (crédito: Bob Paulino/TV Globo)

Numa celebração do Bicentenário da Independência do Brasil e conjugado à exposição do CCBB que reaviva o brilho em torno da arte do movimento armorial, a 9º Festival Internacional Cinema e Transcendência prossegue, com sessões gratuitas, no Centro Cultural Banco do Brasil. A atração de hoje, às 17h, é o longa Dominguinhos, fita assinada pelo trio Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro. No documentário, com depoimentos de Gilberto Gil, Djavan e Gal Costa, o artista pernambucano, morto em 2013, tem parte do legado reavivado, enquanto sanfoneiro, cantor e compositor de sucessos como De volta pro aconchego.

Amanhã, às 18h30, estão programadas duas produções assinadas por José Araripe: Incrível, fantástico, extraordinário e História do romanceiro nordestino. Na sequência da sessão, às 20h, será apresentado Jornal do sertão, filme de Geraldo Sarno, que investiga a atuação de cantadores e o vínculo deles com a difusão da literatura popular, destilada em versos, por Caruaru, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Crato. Ainda na mesma noite, será a vez de conferir O folheto e o repente, outro título de José Araripe, no qual focaliza o aproveitamento do cordel e o universo dos cantadores que se enfronham nas tradicionais pelejas pelo interior nordestino.

Domingo, às 17h30, está prevista a exibição de Cavalgada à pedra do reino: Missão e festa de Ariano Suassuna e uma investigação visual do cineasta André Luiz Oliveira (também idealizador do festival Cinema e Transcendência), com exame da festa baiana do Caboclo e da cabocla que forma a base do filme É dois de julho. Nhô caboclo e o elo perdido, clássico de Hermano Penna completa a sessão. Finalmente, entre lúdicas reservadas às crianças no espaço Luar do Sertão, o cinema volta ao centro do evento, no domingo, às 19h30, com dois títulos assinados pelo baiano Edgard Navarro: Porta de fogo e José de Julião. Navarro, vale ressaltar, é um nome habitual na programação do l Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, à frente de títulos como Eu me lembro (2005), O homem que não dormia (2011) e Abaixo a gravidade (2017).

 

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