A culinária japonesa chegou ao Brasil há pouco mais de um século e, após 100 anos de interação com a gastronomia brasileira, se tornou uma combinação entre a cultura dos dois países. Atualmente, o consumo da comida japonesa — uma das culinárias que mais crescem no gosto dos brasilienses — tem sido alvo de altas demandas, se tornando difundida em todos os públicos, incluindo crianças e idosos. "A culinária japonesa está ficando cada vez mais popular, mais enraizada na nossa cultura", opina Gabriel Milfont, proprietário do Shoio Sushi Lounge.
Historicamente, a gastronomia nipônica é amplamente representada em terras nacionais. "Em Brasília há de se notar que na década de 1960, com a inauguração da cidade, vieram muitas famílias japonesas justamente para prover alimento e plantio. O Brasil é o país que tem a maior comunidade japonesa fora do Japão, e Brasília tem muita representatividade nisso", pontua o sócio fundador Enozor Jr.
"Tentamos trazer o melhor da culinária existente no outro lado do globo de forma acessível, combinado com um atendimento focado no cliente, uma autêntica experiência pro público brasiliense", garante Rafael Lago, sócio do Nazo Japanese Food.
Comemorado em 1° de novembro, o Dia do Sushi celebra o prato típico mais popular da gastronomia japonesa. "O sushi alimentou, desde o século 9 a.C, famílias nos momentos mais difíceis no Japão. Trouxe para o mundo uma alimentação saudável, com muitas opções que apaixonaram pessoas em todos os continentes", pontua Jair Simões, um dos sócios-proprietários do Kawa.
Em homenagem a esta gastronomia milenar, o Divirta-se mais recomenda nesta semana seis das melhores casas de comida japonesa da cidade.
Um toque contemporâneo
Com 10 anos completos em 2022, o Nazo Japanese Food é um projeto que visa modernizar o ideal de comida japonesa em Brasília. A princípio, a ideia parte de convidar o cliente a desfrutar o melhor da culinária oriental, mas com um tempero de outras gastronomias pelo mundo. Um dos sócios do Nazo, Rafael Lago destaca a importância de se aventurar e de arriscar em uma proposta inovadora. “(A comida japonesa) é apreciada com uma grande e criativa variedade de pratos, misturando a cultura tradicional nipônica e toques de diversos chefs contemporâneos do mundo. São colocados em evidência ingredientes como azeite e shoyo trufados, queijos especiais e os pratos maçaricados”, detalha Rafael. Como destaque do restaurante, o sócio compartilha, além do rodízio, o cardápio a la carte, com combos que atendem de 1 a 4 pessoas. É o caso da seleção Kobe (R$ 69,90), para duas pessoas, composta por três gyosa, 10 usuzukuri de peixe branco, um combinado de 12 peças e quatro hot banana com nutella. O rodízio é outra grande pedida. É uma alternativa para quem deseja desfrutar da experiência completa, com entradas quentes e frias, hots, uramakis, makimonos, niguiri, sashimis, trufados, maçaricados e outras sobremesas.
Evoluir para saborear
Na etimologia oriental, a palavra "noru" significa evolução constante. É com esse objetivo que o Noru Sushi Lounge entrega, ao brasiliense, o mais puro refino da gastronomia nipônica. Criada em julho deste ano, a grande cartada da casa é imergir o cliente em um verdadeiro lar japonês, onde a experiência vai além do que o paladar pode alcançar. De início, os clientes logo são recebidos pelos colaboradores com a reverência do "Irasshaimase" (seja bem-vindo em japonês).
Diante dessa proposta, o restaurante oferece o menu omakase, para surpreendê-lo. A palavra significa, no contexto gastronômico, a ação de confiar e deixar nas mãos do chef. "É o destaque do Noru. Um menu degustação de 10 etapas, criado pelo chef na hora, sempre com algo diferente para o cliente do balcão, o que possibilita uma verdadeira imersão na gastronomia japonesa", comenta Filipe Pataro, sócio-proprietário do Noru.
O serviço omakase, de nove pratos e uma sobremesa, sai a R$ 337,81. Outro destaque vai para o sashimi kaisen, uma seleção dos melhores frutos do mar (atum, salmão, peixe branco, polvo), por R$ 129,81. "Podemos destacar os valores apresentados no cardápio com o final 81, o DDI do Japão", revela como curiosidade.
Para uma boa harmonização, Filipe conta que "toda nossa carta de bebidas é pensada para harmonizar com os pratos". Um dos mais destacados é o Moscow Izo, semelhante ao Moscow Mule, mas com saquê e espuma de wasabi. O restaurante também se atenta a detalhes como falar "kampai" para desejar saúde ao entregar as bebidas e o "domo arigatô" como agradecimento à experiência compartilhada.
“Vejo o Haná como um difusor da cultura nipônica através da apresentação da culinária japonesa da forma tradicional e criativa”, descreve o proprietário Leonardo Kammoun. Com 21 anos de história, o restaurante é um dos principais representantes da comida japonesa em Brasília. “Não ficamos um dia sequer sem a preocupação e o compromisso de entregar qualidade e um alto padrão de nossos produtos e atendimento”, garante. A sugestão da casa é o carpaccio de peixe branco (R$ 25,90) e o temaki hot (R$ 33), que podem ser pedidos à la carte, mas também fazem parte do rodízio premium do restaurante. Além dos dois pratos, estão inclusos no rodízio 11 opções de pratos quentes, como o teppan yaki de frutos do mar (R$ 72), e mais de 50 tipos de sushis e sashimis
A fluidez é a essência da vida
Nascido a partir do amor dos sócios pela culinária japonesa, o Kawa presta um serviço no qual a fluidez é a essência para o equilíbrio. A escolha do nome Kawa deriva da palavra em japonês, cuja definição, em português, é Rio. Das águas flui a vida, que alimenta as plantações da matéria prima mais consumida no Japão, o arroz (gohan).
"Queremos que os sabores e todo o conforto que planejamos neste ambiente fluam como as águas de uma nascente eterna e suave, proporcionando satisfação e momentos inesquecíveis a cada um de nossos clientes", descreve Jair Simões, um dos sócios-proprietário da casa.
A fim de incentivar o amor pelo umami (quinto gosto básico do paladar humano), o Kawa oferece pratos exclusivos e "explosivos". Jair destaca o tonegawa trufado: "Sashimi de lombo de salmão, montado em formato de flor e temperado com o molho Kawa de iayu, shoyu, zestes de limão siciliano, quinoa, gergelim torrado e finalizado com crispy de batata doce (R$ 79)".
Outro destaque vai para o Kawa Hi, com vieiras flambadas na concha, temperadas em shoyu japonês, manteiga a sea food e cebolinha (R$ 137). Para acompanhar, o delicioso drink Kawa, feito com vodka, xarope de açúcar, sumo de limão, purê de frutas vermelhas e limoncello (R$ 43) é uma excelente opção.
Tradição e inovação
Em atividade desde 2006, o Sumô Sushi Lounge foi criado sob a premissa de inovar no mercado de alimentação saudável e trazer para Brasília o melhor da culinária japonesa. O sócio fundador Enozor Jr explica que, ao longo dos anos, o brasiliense apurou muito o gosto por sushis e passou a ser mais exigente com apresentação, finalização de pratos e novidades nos ingredientes e na manipulação dos cardápios.
"Hoje, a gente acompanha uma grande mudança e uma das principais características é a gente oferecer para o brasiliense pratos com refino e inovação", comenta Junior. Na busca pela releitura de pedidas tradicionais com novas técnicas, o Sumô já incrementou, para o paladar da cidade, pratos como o camarão grill, o camarão com mel e o salmão fire.
A melhor indicação do chef é o serviço de sushiryore, o mais completo da casa. "Ele contempla uma degustação ilimitada de vários pratos da culinária japonesa. A gente começa com as entradas quentes, passando pelos frios, com sashimis, sushis e peixes", explica.
A segunda indicação é o mesmo rodízio de sushiryore, mas adaptado para o consumo inteiramente vegano. Para harmonizar, Junio recomenda o tradicional saquê da casa e a caipisaquê de lichia, que combinam com todo o buffet oferecido pelo restaurante.
*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira
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