Recentemente, Brasília entrou de vez para o mapa do pagode nacional. O grupo Menos é Mais virou fenômeno nacional, ganhou premiações e arrasta multidões em shows em todo Brasil. O Di Propósito ainda não está no mesmo patamar, mas já é nacional e alça voos bem mais altos. Um terceiro grupo se destaca e busca a nacionalização: Doze por Oito.
Os meninos Eric Vianna (cavaquinista), Hugo Mondadori (vocalista), Thiago Miranda (percussionista, toca surdo) e Gustavo Choairy (percussionista) tem tocado nos principais festivais de Brasília e já pegaram estrada. "Temos a honra de estar fazendo parte da cena do pagode brasiliense, que com os grupos já nacionais, puderam mostrar que a nossa cidade tem samba sim e pode estar entre os grandes nomes e palcos do país", afirma Eric.
Eles comemoram a recepção que tem tido do público. "O sentimento com certeza é de muita felicidade, mas também muito orgulho. Como grupo independente, desde o nosso início, lutamos e trabalhamos com as 'próprias mãos' para alcançarmos nossos objetivos", pontua.
Eles se preparam para lançar as primeiras canções autorais e querem continuar dando a própria cara para as músicas. "Buscamos imprimir a nossa identidade sempre que tocamos: trazer muita alegria, energia e, literalmente, pressão na nossa batucada", conclui Eric.
Bruxas alternativas
O tema halloween continua a todo vapor neste mês das bruxas. Agora é a vez dos indies curtirem a época do terror. A festa Hallowindie traz uma mistura de rock e horror para a Externa Club. A iniciativa é uma união das festas Play! e da Boiler e tem referências nos cinemas.
Na natureza selvagem
Brasília ganha mais um espaço para shows no final de outubro: a Bothanic, uma parceria entre FUNN e Verri & Verri, que trará artistas como Thiaguinho, Atitude 67, Bell Marques e Baile da Favorita. A casa tem uma cenografia temática da natureza e fica na beira do Lago Paranoá. A inauguração é amanhã com a apresentação HOLOMAGIC, uma apresentação que mistura sons e hologramas.
Coisa de jovem
O Rolê inaugura uma série de conversas com agitadores culturais de Brasília que tem investido em opções de movimentação da noite de Brasília, principalmente para o público jovem. Para abrir o entrevistado é Kaká Guimarães, um dos responsáveis pela Birosca do Conic.
Qual o público que frequenta a casa?
É um público alternativo progressista, de esquerda, LGBTQIA . São pessoas que respeitam a diversidade e que entendem a importância da ocupação do centro da cidade por meio de uma cultura orgânica.
Como vocês chegaram a esse público? Como atraí-lo?
O Conic sempre foi um local frequentado por músicos, artistas e produtores de cultura das mais variadas áreas. Naturalmente, existe uma identificação desse público e seus seguidores com a proposta dos eventos realizados aqui.
Como é feita a curadoria para trazer os eventos e artistas que tem tocado na casa?
Nos preocupamos muito em manter uma curadoria musical diversa e plural. Os coletivos parceiros que promovem suas noites também são muito importantes. Naturalmente as pessoas se identificam com propostas genuínas que fogem do óbvio e do comercial.