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Claudia Abreu, atriz - (crédito: Débora Santiago/Globo)
Após nove anos longe das telenovelas, Cláudia Abreu está de volta ao gênero. Em Dona de mim, novela criada por Rosane Svartman e dirigida por Allan Fitterman, que estreia em 28 de abril no horário das 19h da TV Globo, ela será Filipa, uma mulher sensível e emocionalmente instável que tenta encontrar o seu lugar como mulher e mãe em meio a lembranças de um passado livre como artista. O último trabalho de Cacau — como é conhecida — foi A lei do amor, de 2016, também na TV Globo.
Confira a entrevista que a veterana atriz concedeu ao Correio.
Entrevista | Claudia Abreu
Como você define a Filipa? Quais são as principais características da personagem?
Filipa é solar, cheia de vida, intensa em tudo o que faz. Mas tem uma insatisfação por não ter dado certo como artista. Ela não se casou por interesse, gosta verdadeiramente de Abel (Tony Ramos), pois ele a enxergou como ela é. Filipa é uma pessoa instável, que ao longo da trama vai desenvolver o tema de saúde mental.
Conte um pouco sobre a relação da Filipa dentro da mansão da família Boaz. Como é a vida dela dentro dessa casa e a relação com o marido, Abel?
A vida dela é tentar colocar arte, música e alegria em tudo o que faz, resgatando momentos artísticos que a conectem com ela mesma. Ela tenta ser mãe da enteada Sophia (Elis Cabral), mas é rejeitada, o que a faz se sentir mal, pois não conseguiu ser uma boa mãe para a própria filha, a adolescente Nina (Flora Camolese).
A personagem da Filipa é bem complexa. Ela viveu diversas frustrações ao longo da vida, desde a sua carreira como artista até a sua idealização da maternidade. Para você, quais são os desafios de dar vida a Filipa e como você se preparou para o papel?
A complexidade da personagem foi o que me atraiu. Falar sobre saúde mental na TV aberta, poder informar sobre o que acontece quando uma pessoa tem humor instável e esclarecer uma condição tão comum através do entretenimento pode ajudar muita gente a compreender alguém assim e também ser compreendida. Além disso, Filipa é uma personagem irresistível e divertida.

Como está a troca com o Tony Ramos, com quem já fez outros trabalhos?
Adoro o Tony. Trabalhar com ele novamente é uma alegria só.
Para você, como está sendo trabalhar com a direção do Allan e o texto da Rosane?
Allan é um antigo parceiro. Ele foi diretor de outras novelas que eu fiz, como Cheias de charme e Geração Brasil. Fizemos um filme juntos, Berenice procura. Além de extremamente talentoso, eu confio nele. É meu amigo. E trabalhar com a Rosane já era um desejo antigo.
Como foi o convite para o papel?
Estou fazendo duas peças: meu monólogo Virgínia, sobre a escritora Virgínia Woolf, que foi escrito por mim e já viajou por todo o Brasil, além de México e Portugal. Ainda vou viajar com essa peça este ano. Vamos abrir o Festival de Teatro de Curitiba com a peça Os Mambembes, que vai estrear no Rio em maio. Fizemos duas turnês pelo interior do Pará, Maranhão, Espírito Santo e Minas, apresentando nas praças, de graça, para 2 a 3 mil pessoas. Produzo as duas peças e ainda rodei um documentário sobre essa aventura. Não estava esperando fazer TV este ano, a vida já estava bem agitada. Mas o convite do Allan e da Rosane me empolgou. Além do fato de já estar longe das novelas há algum tempo, achei que seria uma oportunidade de voltar.
O que o público pode esperar de Dona de mim?
Uma novela vibrante, que fala de temas relevantes da nossa sociedade plural, ressaltando o melhor dessa diversidade. Rosane tem sido muito antenada para traduzir de forma consistente e ao mesmo tempo divertida esse caldeirão cultural e social que vivemos.
Saiba Mais
Por Patrick Selvatti
postado em 16/04/2025 22:05 / atualizado em 16/04/2025 22:06