
Benson Boone, um dos nomes mais comentados da nova geração da música pop, mostrou que não está disposto a deixar críticas definirem sua trajetória.
Após uma enxurrada de reações negativas ao seu show no Coachella — especialmente ao cover de Bohemian Rhapsody, do Queen — o cantor decidiu responder de forma ousada: com um vídeo interpretando a mesma canção que causou tanto burburinho.
O movimento veio em meio a um turbilhão de opiniões divergentes. De um lado, o respeitado site Pitchfork publicou uma resenha dura, classificando a apresentação como “simplesmente horrível” e chegando a dizer que Benson Boone seria o tipo de artista que “te faz questionar se tudo isso realmente vale a pena”.
Do outro, veículos como a Rolling Stone exaltaram o jovem cantor, chamando-o de “o futuro da música”. A tensão entre essas visões apenas reforça a figura polarizadora que Benson tem se tornado.
A crítica mais intensa recaiu sobre sua interpretação do clássico do Queen, um desafio para qualquer artista, considerando a complexidade vocal e emocional da música. Ainda assim, Boone contou com a participação especial de Brian May, lendário guitarrista da banda britânica, o que surpreendeu parte do público e foi descrito pela Pitchfork como “inexplicável”. Em resposta, tanto o canal oficial do Queen quanto o próprio artista disponibilizaram a performance nas plataformas digitais, sugerindo que, apesar da repercussão, o momento foi importante para ambos.
Benson Boone: Críticas, aplausos e uma performance polêmica
Essa postura reativa — e até corajosa — também se refletiu em outras áreas da carreira de Boone. Prestes a lançar seu novo álbum, American Heart, marcado para chegar às plataformas no dia 20 de junho, o cantor divulgou a capa do disco, na qual aparece sem camisa, envolto pela bandeira dos Estados Unidos.
A escolha visual causou certo estranhamento, sobretudo por declarações recentes do artista, que havia afirmado à Rolling Stone não querer ser reduzido à sua aparência física.
“Eu não quero que as pessoas vão aos meus shows esperando que eu tire a camisa como se fosse um espetáculo de vaidade. Isso não é o que me move”, disse Boone à publicação. Ele ainda pontuou que, no início da carreira, sentia-se pressionado a explorar o apelo visual como forma de engajar o público, mas que atualmente busca mais autenticidade e conexão por meio da música.
Benson Boone está, definitivamente, em uma fase de autoafirmação artística. Entre elogios entusiasmados e críticas severas, o cantor parece decidido a manter o controle de sua narrativa, sem abrir mão de ousadia — seja ao revisitar clássicos como Bohemian Rhapsody ou ao discutir abertamente o peso da imagem no show business.
Resta agora acompanhar se sua postura confiante será suficiente para consolidar seu espaço em meio a uma indústria cada vez mais exigente.