
Mesmo com uma nova fase intensa de lançamentos — prometendo divulgar uma nova música a cada duas ou três semanas — Ed Sheeran surpreendeu ao afirmar que não tem nenhum desejo de se apresentar no cobiçado intervalo do Super Bowl, o evento televisivo de maior audiência nos Estados Unidos. O cantor britânico revelou que até já recebeu uma proposta para participar do show, mas nunca se sentiu à vontade com a ideia.
Em entrevista ao podcast Call Her Daddy, Ed abriu o jogo: “Há uns dez anos, houve conversas sobre subir ao palco com outro artista. E, sinceramente, essa seria a única maneira de eu considerar fazer isso. Não acho que minhas músicas se encaixem no que o Super Bowl representa.” Segundo ele, seu repertório — marcado por baladas como The A Team e Perfect — não corresponde à energia que o público espera nesse tipo de apresentação. “Ninguém quer ver isso ali”, concluiu com humor e sinceridade.
Embora o evento tenha uma alma profundamente americana, não é raro ver nomes internacionais no palco principal. Artistas como o espanhol Enrique Iglesias, os irlandeses do U2, e os britânicos Paul McCartney, Rolling Stones e Coldplay já comandaram o espetáculo. A própria Shakira, colombiana, brilhou na edição de 2020. Mesmo assim, Sheeran sente que seu estilo intimista não combina com a grandiosidade do show.
Nova fase musical e planos ambiciosos
Enquanto diz não ao Super Bowl, Ed diz sim a uma enxurrada de novidades. O cantor revelou que está entrando em uma nova era musical com o álbum Play, o primeiro de uma sequência inspirada em botões de reprodução de aparelhos de som: Play, Pause, Fast Forward, Rewind e Stop. Essa nova fase sucede a série anterior marcada por símbolos matemáticos (+, x, ÷, –, =).
“Quando eu tinha 18 anos, imaginei que faria dez álbuns. Os cinco primeiros seriam com símbolos matemáticos. Os outros, com símbolos dos tocadores de música. É uma ideia meio nerd, mas sempre gostei desse conceito visual”, contou Sheeran durante sua participação no The Tonight Show Starring Jimmy Fallon.
A inspiração veio diretamente do cinema. Ed confessou ser um grande admirador de Quentin Tarantino, que anunciou que faria apenas dez filmes em sua carreira. “Eu achei isso incrível. Então pensei: ‘vou fazer meus dez discos principais, e de vez em quando, solto um projeto paralelo’”, disse o cantor, que já lançou os experimentais No. 6 Collaborations Project (2019) e Autumn Variations (2023).