
Lady Gaga está em plena divulgação de seu mais recente álbum, Mayhem, lançado na última sexta-feira (7).
Como parte dessa fase, a cantora participou do podcast Las Culturistas, do iHeart Radio, onde discutiu um dos temas mais recorrentes em sua carreira: a pressão constante imposta às artistas femininas na indústria musical. Durante a conversa, Gaga destacou as dificuldades que mulheres enfrentam no showbiz e a frequente desvalorizacão de seu trabalho criativo.
Conhecida por sua capacidade de se transformar artisticamente, Lady Gaga falou sobre como essa expectativa de constante reinvenção pode se tornar um fardo:
“Ser uma artista feminina significa estar sempre sob pressão. O que ela fará depois? Como vai mudar? Ela vai continuar igual? E, se eu mudava, as pessoas reclamavam. Se não mudava, queriam algo novo.
O que eu aprendi ao criar Mayhem é que existe um som, um estilo que eu mesma desenvolvi. Eu honrei isso neste álbum, de forma única, me permitindo explorar territórios inéditos. E tudo bem se apropriar de suas próprias invenções. Eu sou minha própria criadora.”
A artista ainda criticou a maneira como o trabalho das mulheres na música é frequentemente descredibilizado, especialmente quando se trata de composição e produção:
“Muitas vezes, quando uma música de uma artista feminina faz sucesso, as pessoas atribuem o mérito ao produtor, como se nós não tivéssemos autonomia. Isso não é justo. Nós criamos nossas próprias vidas, nossa visão artística. Não somos moldadas por terceiros. Somos criadoras.”
Lady Gaga: A inspiração por trás da faixa
Durante a entrevista, Lady Gaga também compartilhou detalhes sobre How Bad Do U Want Me, uma das faixas de Mayhem que tem sido comparada a trabalhos de Taylor Swift. A cantora explicou que a canção reflete um sentimento que a acompanhou durante toda sua vida:
“Essa música representa um estereótipo que sempre me perseguiu: o de ser vista como a ‘garota má’. A letra é irônica e brinca com essa ideia. Sempre lutei contra essa sensação de que, se eu estivesse apaixonada por alguém, talvez ele quisesse uma ‘garota boa’, mas estivesse preso a uma ‘garota má’. Mas a ‘garota boa’ só existia no imaginário dele.”
A emoção ao criar a faixa foi tanta que Gaga revelou ter considerado não incluí-la no disco:
“Chorei quando ouvi a versão final. Tenho algumas gravações da versão original que talvez eu lance futuramente. Mas no início, não tinha certeza se essa música deveria entrar no álbum. Sempre que algo é muito pop, eu fico hesitante. Senti isso também com Just Dance.”
Lady Gaga segue mostrando sua força criativa e reafirmando sua independência artística. Com Mayhem, a cantora abraça sua identidade e fortalece o legado de uma carreira marcada pela autenticidade e pela liberdade de expressão.