
O ano pop nacional segue em alta com a contagem regressiva para um dos eventos mais aguardados: o show de Lady Gaga na Praia de Copacabana, marcado para o dia 3 de maio. A apresentação promete trazer grandes momentos da artista, com um setlist baseado em seu novo álbum, “Mayhem”, lançado na última sexta-feira (7).
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Com 14 faixas vibrantes, “Mayhem” marca o retorno da cantora ao estilo que a consagrou: um pop eletrônico pensado para incendiar as pistas de dança. No clipe de “Abracadabra”, single lançado em fevereiro, Gaga já dá o tom da nova fase com a provocação: “A categoria é… dance ou morra!”. O impacto foi imediato, e a canção já lidera rankings de streaming, incluindo o número 1 no Reino Unido, superando sucessos recentes como “Pink Pony Club”, de Chappel Roan.
Stefani Joanne Angelina Germanotta, ou simplesmente Lady Gaga, construiu sua carreira quebrando padrões e desafiando expectativas. Desde “The Fame” (2008), sua estreia explosiva, a artista tem se reinventado constantemente. Em vez de se limitar ao pop tradicional, transitou por diferentes gêneros e colaborou com nomes improváveis, como Tony Bennett, com quem gravou o álbum “Cheek to Cheek” (2014), e os Rolling Stones, dividindo o palco na icônica “Gimme Shelter”.
Embora tenha crescido ouvindo lendas como Madonna, Cher e Britney Spears, Gaga evita assumir influências diretas dessas artistas. Em entrevistas, prefere destacar inspirações ligadas ao rock e ao glam, como David Bowie, Queen e Blondie. Essa versatilidade artística consolidou sua identidade única no cenário musical.
Saiba Mais
Se as estrelas do pop costumam flertar com a fama, Gaga sempre a encarou de frente e a questionou. Prova disso são sucessos como “Paparazzi” e “Poker Face”, faixas de seu primeiro disco que já indicavam sua percepção afiada sobre o estrelato. No entanto, foi em 2011, com o lançamento de “Born This Way”, que ela conquistou definitivamente um público fiel, especialmente dentro da comunidade LGBTQIA+. A canção se tornou um verdadeiro hino de liberdade e aceitação, fortalecendo sua conexão com os fãs.
A artista nunca escondeu seu amor por grandes espetáculos e momentos impactantes. Desde o vestido de carne no MTV Video Music Awards de 2010 até a entrada triunfal dentro de um ovo no Grammy de 2011, Gaga sabe como atrair os holofotes. Mais recentemente, apareceu caracterizada como uma versão envelhecida de si mesma em um esquete do programa “Saturday Night Live”, ironizando a efemeridade do pop.
Mas nem tudo são aclamações. Em sua incursão pelo cinema, Gaga experimentou o sucesso em “Nasce Uma Estrela” (2018), mas recebeu duras críticas por sua atuação em “Coringa: Folie à Deux” (2024). O longa lhe rendeu o prêmio de Pior Dupla no Framboesa de Ouro, ao lado de Joaquin Phoenix. Sem perder o bom humor, a cantora reagiu ao prêmio com sua já conhecida ironia: “Não estou nem aí. Eu adoro ganhar prêmios”, brincou durante o “SNL”.
A relação de Gaga com o Brasil é marcada por momentos memoráveis. Em sua primeira passagem pelo país, em 2012, tatuou a palavra “Rio” na nuca e declarou seu amor pelo público brasileiro. No entanto, em 2017, causou frustração ao cancelar sua apresentação no Rock in Rio de última hora, citando problemas de saúde. O cancelamento gerou uma enxurrada de memes e a icônica frase “Ela não vem mais” se tornou viral.
Agora, em 2024, Gaga retorna ao Brasil com a promessa de um espetáculo inesquecível. O show em Copacabana, um dos palcos mais emblemáticos do mundo, será o ponto alto dessa nova era dançante. Entre os fãs ansiosos na plateia, um rosto conhecido deverá marcar presença: seu noivo, o empresário Michael Polansky, que, segundo a cantora, teve papel fundamental na concepção de “Mayhem”.