
Aos 83 anos, Bob Dylan segue sendo uma das figuras mais influentes da música mundial. Com uma carreira que abrange mais de seis décadas, ele acumulou prêmios, rompeu barreiras e deixou um legado com mais de 600 composições, muitas das quais regravadas mais de 6.000 vezes por artistas renomados. Agora, sua história ganha destaque no cinema com o filme “Um Completo Desconhecido”, que conquistou sete indicações ao Oscar 2025.
O filme e as indicações ao Oscar
Dirigido por James Mangold, o longa concorre em categorias de peso, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção. Timothée Chalamet, que dá vida a Dylan, disputa o prêmio de Melhor Ator, enquanto Edward Norton busca o troféu de Melhor Ator Coadjuvante. A produção também foi indicada nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Som e outras.
Do reconhecimento literário ao palco do rock
Dylan sempre foi mais do que um músico; sua habilidade lírica lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2016, reconhecimento inédito para um cantor e compositor. Mesmo assim, manteve sua postura discreta e recusou-se a comparecer à cerimônia, aceitando a honraria apenas meses depois.
Embora seja amplamente associado ao folk, Dylan teve momentos de aproximação com o rock, sendo inicialmente barrado por seus produtores. Seu primeiro single no estilo, “Mixed Up Confusion”, foi retirado de circulação, mas ele conseguiu fazer a transição definitiva para o rock com o álbum “Bringing It All Back Home”, de 1965. Sua performance eletrificada no Newport Folk Festival consolidou essa mudança e marcou um divisor de águas em sua trajetória.
Uma vida de palcos e premiações
O apelido de “turnê sem fim” não surgiu por acaso. Desde 1988, Dylan se mantém na estrada, superando a marca de 3.000 shows. Seu impacto também é visível nas inúmeras homenagens que recebeu ao longo dos anos. Ele foi laureado com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2012, além de acumular 10 prêmios Grammy e entrar para os Halls da Fama do Rock e dos Compositores.