
O The New York Times, um dos principais jornais dos Estados Unidos, publicou uma projeção nesta quinta-feira (27/2) apostando em Fernanda Torres como vencedora do Oscar 2025.
O texto de Kyle Buchanan, repórter especializado na temporada de premiações, acredita que as chances da brasileira aumentaram desde a estreia de Ainda estou aqui no país.
"(Demi) Moore fez discursos de retorno arrasadores enquanto ganhava os principais prêmios no SAG, Critics Choice e no Globo de Ouro. (Mikey) Madison pontuou no BAFTA e no Independent Spirit Awards, e ela lidera o filme que provavelmente ganhará o prêmio de melhor filme", diz a matéria, citando Anora, que tem Mikey Madison no papel principal do filme.
"E então tem (Fernanda) Torres, que estrela o filme brasileiro Ainda estou aqui: vale a pena ser a última concorrente que as pessoas assistem, e ela está recebendo muitos votos de membros da Academia que estão apenas agora se atualizando com seu filme", continua o texto.
Buchanan ressalta que "com as coisas tão próximas entre Moore e Madison" é provável que os eleitores "ficarão tentados a escolher Torres como uma alternativa de terceiro partido". No entanto, o jornalista explica que qualquer uma das três atrizes pode ganhar.
O jornalista britânico Tom Phillips, correspondente da América Latina do The Guardian, também publicou um artigo enaltecendo Ainda estou aqui. No texto, o profissional alega que o longa de Walter Salles deveria vencer o Oscar de Melhor Filme.
"O filme tocou um ponto sensível, no Brasil e no mundo, à medida que o público lida com uma nova era de autoritarismo, liderada por figuras egocêntricas, não muito diferentes daquelas que governaram o Brasil durante o regime militar de 1964-85 retratado em Ainda estou aqui", escreveu Phillips.
O Brasil está concorrendo com o filme Ainda estou aqui, de Walter Salles, em três categorias do Oscar: Melhor filme, Melhor filme internacional e Melhor atriz. Até o momento, o longa que conta a história de Eunice Paiva foi indicado em grandes premiações do cinema, chegando a ganhar um Globo de Ouro inédito no início de janeiro.