
Na última sexta-feira (14/2), a multiartista brasiliense Rafa Giavoni estreou o single Uma Desculpa. A faixa marca a estreia no mundo da música e faz parte do projeto Anamórfica, que será lançado ainda em 2025. A canção já está disponível em todas as plataformas digitais.
Com uma melodia chiclete e despretensiosa, a produção foi feita em parceria com Dila Caju e Marcelo Horta. “Criei uma demo que já tinha toda a alma de Uma Desculpa, mas foi com Dila Caju e Marcelo Horta que ela vibrou de verdade”, afirma Rafa, em entrevista ao Correio. A composição tragicômica é baseada em fatos reais e reflete sobre a persistência do desejo mesmo após uma rejeição.
Leia também: Oruam sai da prisão após ter fiança paga por Orochi
Rafa compartilha o processo de composição: “Estava me sentindo levemente obcecada com a situação e mesmo tendo tantas outras coisas pra resolver, pensar e responder, os meus pensamentos e vontades se voltavam para apenas uma única coisa. Acho que vem daí a pegada chiclete. Masquei e muito esse desejo, até sair o gosto tutti frutti. E no cúmulo da frustração, no ápice das minhas vontades desamparadas, foi na música que eu extravasei a angústia de não ter controle e de não ser correspondida”.
Leia também: Chappell Roan se apresentará em evento de Elton John
Ainda este ano, a cantora irá lançar seu EP Anamórfica. A partir do termo “realidades fraturadas”, Rafa passou a pensar nas experiências artísticas como a criação de uma fratura, a abertura de portal para uma realidade fantástica. “Como consigo explorar temas, vivências e afetos, jogando e brincando com os limites da criatividade? Às vezes, forçando uma hipérbole, usando uma metáfora, deslocando um símbolo, propondo uma pequena ruptura”, explica a artista. “E daí surgiu o nome Anamórfica, como aquilo que se transforma, se distorce, que, através da observação, se complexifica”.
Formada em artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB), Rafa Giavoni tem espetáculos, performances, curtas e duas séries de autorretratos no currículo. Sempre foi apaixonada por criar: “Gosto da experimentação, de me surpreender com o que pode surgir. Gosto da visceralidade em ver algo íntimo ganhar independência. Gosto dessa relação dialética de me entender através da arte e de entender a arte através de mim. Gosto do quão divertido pode ser criar”.