
Foi a partir da imagem que o Superman (Christopher Reeve) construiu com os fãs que o ator Anthony Mackie moldou a interpretação do personagem Capitão América. À frente do 35º longa do Universo Marvel e do icônico personagem, Mackie entra num furacão de enredo sob o comando dos produtores Kevin Feige e Nate Moore. Capitão América: admirável mundo novo, em cartaz a partir de hoje, nas sessões regulares, pretende dar um norte de motivação para atitudes heróicas dos espectadores. Para os cinéfilos de todas as eras, a presença imponente de Harrison Ford no elenco deve pesar na ida aos cinemas.
Os quadrinhos originais de Jack Kirby, Joe Simon, Stan Lee e Gene Colan foram ajustados ao roteiro da telona em que o protagonista está a serviço da segurança no globo inteiro. O singular militar do título tenta desmascarar mentores de ações que envolverão, entre outros, o criador da Sociedade da Serpente (repleta de assassinos de aluguel), Sidewinder (papel de Giancarlo Esposito, em versão de olhos azuis) e um tipo chamado Líder, que emerge da persona de Samuel Sterns (vivido pelo veterano Tim Blake Nelson). O retorno do grande herói da Marvel se dá 90 dias antes da estreia de peso chamada Thunderbolts, que promete carregar elementos deste novo longa. Entusiasmado pela ideia de elevar o senso de comunidade nos Estados Unidos, curiosamente, Julius Onah é um cineasta, e imigrante nigeriano, que dá o tom do filme. Numa brecha de trailers, muitos fãs têm previsto a aceleração da chegada de mutantes ao MCU, o Universo Cinematográfico da Marvel.
A "honra singular para uma vida" de interpretar Capitão América coube a Mackie, mas não antes de uma polêmica. Se o Brasil teve o Capitão Nascimento, a América do Norte teria seu Capitão América, certo? Não, necessariamente, pelo que o ator declarou para a revista Vanity Fair. Dignidade, integridade, segurança e responsabilidade poderiam ser dissociadas ao termo América, pelo que disse Anthony Mackie. O tremular de bandeiras e menos ainda a concepção de estandarte norte-americano entusiasmaram as falas do astro à imprensa. Com parentesco mexicano e colombiano, o ator Danny Ramirez (de Top Gun: Maverick) dará vida ao agitado Falcão, o ex-paraquedista Joaquin Torres. Na trama, ainda haverá a agente do serviço secreto Leila Taylor (Xosha Roquemore).
O roteiro do novo longa, orçado em US$ 180 milhões, leva a assinatura de Dalan Musson (de Falcão e o Soldado Invernal), de Rob Edwards, o autor da aventura Disney A princesa e o sapo, e ainda de Malcolm Spellman (da série Bel-Air e da criação de Falcão e o Soldado Invernal). Na trama, um presidente que não é laranja, na verdade, vermelho, ganhará as feições de Hulk. O enredo se passa depois da assimilação completa de Sam Wilson de obter o reconhecimento de Steve Rogers (que entregou o escudo indissociável ao herói), numa origem em que Wilson hesitou aceitar. Há fatores estranhos na trama em que o presidente está na mira de eventuais criminosos, uma vez, jurado de morte.
Personagens entrelaçados às tramoias da Marvel incrementarão tudo: de Liv Tyler vivendo Betty Ross, ao biólogo contaminado pelo sangue do incrível Hulk (o personagem Samuel Sterns), passando pelo veterano Isaiah Bradley, atormentado por uma música, depois de 30 anos de reclusão pelo empenho na guerra da Coreia; personagem de Carl Lumbly.