Artes cênicas

Revalidação do acervo de Dulcina de Moraes será votada nesta segunda-feira

Para além do legado material deixado pela carioca, dama do teatro brasileiro foi a responsável por trazer uma escola de artes para Brasília, além de constantemente lutar pelos direitos da classe artística

Revalidação do acervo de Dulcina de Moraes será votada nesta segunda -  (crédito: Divulgação Avervo Dulcina de Moraes)
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Revalidação do acervo de Dulcina de Moraes será votada nesta segunda - (crédito: Divulgação Avervo Dulcina de Moraes)

Uma das grandes damas do teatro brasileiro, Dulcina de Moraes completaria, nesta segunda-feira, 97 anos de idade. A data, contudo, pode ganhar uma celebração especial — será votado, no Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília, a revalidação do tombamento do Teatro Dulcina de Moraes e dos acervos da atriz, além da inscrição do "Ideário de Dulcina de Moraes no Ensino e no Fazer Teatral Brasileiro" no Livro dos Saberes, reconhecendo-o como Patrimônio Imaterial do Distrito Federal. A votação começa às 10h e pode ser acompanhada pela sociedade civil.

Em 2007, os materiais fotográficos, textuais e cênicos de Dulcina já haviam sido tombados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), representando um "avanço significativo para a preservação desses bens culturais tão relevantes", avalia o Secretário Claudio Abrantes.

"Entretanto, passados vários anos, se fez necessária a revalidação do mesmo. A revalidação tem o objetivo de reafirmar a importância da manutenção do tombamento, já que os valores históricos e culturais que o justificaram permanecem em vigor. Ou seja: reafirmamos que a preservação desses bens é importante e que o tombamento permanece em vigor", explica Abrantes.

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Quando foram tombados, há quase 20 anos, os materiais fotográficos, textuais e cênicos de Dulcina não foram especificados — até então, tal acervo pertencia a baús fechados, guardados nas instalações do teatro. Agora, após levantamento e inventário realizado em 2023, a quantidade de vestidos, chapéus, óculos, fotografias históricas, objetos e anotações deixados pela atriz, por exemplo, poderão ser descritos no documento.

Também será decidido na segunda se o ideário de Dulcina de Moraes é patrimônio do DF. Para além do legado material deixado pela carioca, Dulcina foi a responsável por trazer uma escola de artes para Brasília, além de constantemente lutar pelos direitos da classe artística — em meio à ditadura, a dama do teatro lidou com nomes como Emílio Garrastazu Médici para conseguir verbas para peças e apresentações.

 


Isabela Berrogain
postado em 01/02/2025 07:10