
Camila Pitanga está nas nuvens com o sucesso de Beleza fatal. A primeira novela produzida pela Max no Brasil teve os cinco primeiros dos 40 capítulos disponibilizados do streaming para toda América Latina, Estados Unidos e Portugal — e já figura no top 5 da plataforma. Mas o que mais tem chamado a atenção da atriz de 47 anos, que está de volta ao gênero após nove anos, é a repercussão nas redes sociais.
"É uma loucura! O público on-line tem feito outras novelas a partir da novela. É um trabalho maravilhoso de edição e até de recriação de cenas, com os famosos memes e afins. Tem sido muito divertido acompanhar tudo o que está saindo nas redes", afirmou ao Correio, em entrevista na tarde desta quinta-feira (30/1).
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Camila vive a protagonista Lola, a vilã tão cruel quanto carismática do folhetim assinado por Raphael Montes, que estreia no gênero após o sucesso da série Bom dia, Verônica, da Netflix. Ela é cúmplice de um crime ocorrido na clínica de cirurgia plástica onde trabalha, mata o marido, induz a prima que trata como empregada a assumir o crime e "escraviza" uma criança — isso, até agora. Mas é uma mulher despudorada e divertida, e um dos momentos mais icônicos — e que já foram ao ar, com ampla repercussão nas redes — é quando a proprietária da Lolaland reproduz frases emblemáticas de Bebel, sua personagem memorável de Paraíso tropical (2007), da Globo, como: "cueca maneira" e "que boa ideia esse casamento primaveril em pleno inverno."
Novo mercado
Lola marca o retorno de Camila às novelas desde que viveu a mocinha de Velho Chico, em 2016, também na Globo. Nesse intervalo, a atriz atuou nas duas temporadas da série Aruanas, uma produção original do Globoplay, e contou que a motivação para aceitar o convite foi o desafio de compor uma vilã horrível com humanidade.
"Lola é odiosa, faz coisas horríveis que estão muito distantes da minha realidade. Não é a minha primeira vilã, a própria Olga de Aruanas era péssima, mas eu me apaixonei pela Lola e pelo desafio de colocar humanidade nessa mulher capaz de atos tão cruéis", explicou. "Fora que o texto do Raphael é genial, e a personagem já veio pronta, com todas as suas nuances. Ela é uma mulher que comete crimes e apronta atrocidades, mas também apanhará muito por causa da vingança da Sofia (a mocinha vingativa vivida por Camila Queiroz). Ela passa por um processo de reinvenção, mas nunca com redenção. As maldades só pioram", adiantou.
Outra razão de comemoração de Camila, que foi contratada da Globo até 2021, é a abertura de um novo mercado para a teledramaturgia brasileira. "Essa produção abriu emprego para tanta gente, e reuniu tanta gente boa, que é um motivo de celebração, sim", argumentou ela.
Dona de mim
Atriz talentosa e carismática, a filha de Antônio Pitanga teve o retorno ao ar festejado pelo público. "Eu fico realmente emocionada com esse carinho, é muito gratificante e me estimula a aceitar cada vez mais trabalhos felizes como este", destacou Camila, que estreou na televisão na minissérie Sex appeal (1993) e esteve em trabalhos importantes como A próxima vítima (1995), Porto dos Milagres (2001), Mulheres apaixonadas (2003), Belíssima (2005), Insensato coração (2011) e Lado a lado (2012), que venceu o Emmy Internacional de Melhor Novela.
Embora não tenha confirmado ao Correio, Camila Pitanga está em negociações com a Globo para um retorno, ainda que breve, às novelas da casa. Ela deverá fazer uma participação pra lá de especial em Dona de mim, próxima produção da faixa das 19h da emissora, que estreia em abril.