Duas escritoras e um ilustrador do Distrito Federal foram agraciados, no fim do ano passado, com o prêmio Ler é Legal, promovido pela Divisão de Cultura do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Dicult/MPDFT). Luciane Mustafá, homenageada na categoria ‘literatura geral’, traz a adolescência como tema de obras que publicou.
O projeto Ler é Legal é realizado todos os anos com o objetivo de incentivar a leitura e reconhecer, homenagear e servir de estímulo à produção brasiliense, segundo o MPDFT. O idealizador da premiação, o promotor de Justiça Fausto Rodrigues, afirma, em nota, que “o Distrito Federal produz literatura de alta qualidade, que muitas vezes não conhecemos”. Os vencedores são selecionados dentre os cadastrados no Banco de Escritores do órgão público, a partir de avaliação de aspectos como originalidade, criatividade e relevância do tema.
Autora dos livros Uma vitória interrompida e Jovens & sábias, Luciane Mustafá foi descrita pelo Ministério Público como “uma voz potente que celebra a literatura como transformação”.
A jornalista, que tem mais de 69 mil seguidores no Instagram, acredita que “a literatura transforma vidas” e comemora a honra de ter sido homenageada. “Receber este prêmio é uma honra que reforça minha missão como escritora”, celebra. “Escrever é uma forma de inspirar, provocar reflexões e incentivar as pessoas a encontrarem o melhor de si.”
Junto a Luciane, a escritora Débora Bianca e o ilustrador Jarbas Domingos foram homenageados, em novembro do ano passado, nas categorias literatura infanto-juvenil e ilustração, respectivamente, e receberam troféus e certificados. Obras selecionadas também permanecem em exposição no Espaço Cultural do MPDFT até o dia 28 de fevereiro.
Além da edição de 2024 do Ler é Legal, a autora de Uma vitória interrompida foi agraciada com o prêmio ‘Melhor livro para jovens adultos em português’ no 24º International Latino Book Awards, cuja premiação ocorreu em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2022.
O romance descreve “o entrelaçamento das vidas de cinco adolescentes num colégio brasileiro”, conforme apresenta Luciane. Um deles, Lucas, de 15 anos, foi curado de câncer e, de volta ao Brasil após tratamento nos EUA, tem de aprender a lidar com dores e frustações. Para isso, ele conta com o amigo de infância Felipe, com as amigas Evelyn e Lud e com a irmã, Mari. “Mas Lucas não é o mesmo, algo com o qual seus amigos e ele próprio precisam lidar.”
O livro aborda partes complicadas e encantos da adolescência: o uso de álcool e drogas, conflitos e inseguranças, de um lado, e o primeiro amor, amizades fraternas e paixões, de outro. Além disso, questões como relacionamento entre pais e filhos e escolhas são parte da trama.
De Goiânia e moradora de Brasília desde 2008, Luciane Mustafá é também palestrante e aborda, em escolas, temas pertinentes à adolescência, enriquecidos por leitura afetiva da obra que escreveu para esse público. Ela acredita que “a literatura desempenha um papel fundamental na formação do jovem, transcendendo as páginas dos livros para moldar mentes, estimular a imaginação e fornecer valiosas descobertas sobre a complexidade da condição humana”.
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