CINEMA

Ponto turístico, casa de ‘Ainda estou aqui’ está à venda; veja detalhes

Imóvel não é o mesmo em que morou a família Paiva, mas foi adaptado para gravações e virou local de visitação de turistas na capital fluminense

Fachada da casa na Urca, no Rio de Janeiro, que serviu de locação para o filme 'Ainda estou aqui', de Walter Salles -  (crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Fachada da casa na Urca, no Rio de Janeiro, que serviu de locação para o filme 'Ainda estou aqui', de Walter Salles - (crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A casa no Rio de Janeiro em que foram gravadas cenas cotidianas da família Paiva no filme Ainda estou aqui — pelo qual Fernanda Torres levou no último domingo (5/1) o Globo de Ouro de ‘Melhor atriz em filme de drama’ —, está à venda por um valor a partir de R$ 13.900.000. É o que contou o corretor Marcelo Dias à Agência Brasil. 

Localizado na Rua Roquete Pinto, no bairro da Urca, Zona Sul do capital fluminense, o imóvel foi alugado pela produção do longa de Walter Salles durante um ano e meio. Embora não seja a mesma em que moraram o ex-deputado federal Rubens Paiva, a mulher dele, Eunice Paiva — protagonista do drama, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro —, e os cinco filhos do casal, a casa foi reformada para representar a original de forma autêntica. 

O imóvel construído em 1937 atrai turistas, que registram fotos em calçadas próximas e à frente da residência.

O corretor responsável pela casa contou que, atualmente, a residência “está totalmente modernizada” e “totalmente diferente das filmagens”. Segundo ele, “os proprietários estão concluindo as melhorias” e, no momento, duas propostas de venda são analisadas. Eu a conheci antes, durante e depois (do filme). Achei belíssima a produção, de bom gosto e originalidade. Foi muito legal. Agora virou ponto turístico.” 

De acordo com o portal g1, o projeto do Ainda estou aqui começou há sete anos, e o diretor, Walter Salles, buscava, desde 2021, uma casa próxima ao mar que fosse semelhante às descrições da família. O imóvel da Urca, portanto, foi escolhido pela aparência, e a produção adaptou pisos e decoração para que o ambiente remetesse aos anos 1970, época em que se passa a trama. 

Uma das filhas da família Paiva, Nalu, desenhou os cômodos da residência original, que ficava na Avenida Delfim Moreira e não existe mais — no local, há atualmente um prédio —, para que eles fossem reproduzidos na da Rua Roquete Pinto. 

Casa original da família Paiva, na Avenida Delfim Moreira, Rio de Janeiro
Casa original da família Paiva, na Avenida Delfim Moreira, Rio de Janeiro (foto: Divulgação)

Antigos moradores 

A musicista Lívia Savini morou com a família na casa entre setembro de 2019 e dezembro de 2022, durante a pandemia. Ela afirmou à Agência Brasil que achou engraçada a transformação do local em ponto turístico: “Acho muito especial ver tantas pessoas que também se apaixonaram pela casa e que falem sobre isso e mais ainda sobre esse filme que é importante; um grande filme que merece todos os prêmios que puder.  

“Eu e minha família somos fãs do Walter Salles, da Fernanda Torres, do Selton Mello”, disse. Um filme com essas pessoas já era uma coisa que a gente ficou com muita expectativa, mas o impacto da história tão importante para o Brasil, tão importante para a memória política do Brasil, é muito importante. Pareciam as nossas memórias retratadas na tela, porque parecia uma tradução literal. Os momentos da família ali dentro, pareciam os momentos que a gente viveu lá. O impacto foi triplicado.” 

Em novembro, Lívia publicou no Instagram um vídeo com imagens da residência antes da reforma para o filme. “Não estou mais aqui”, escreveu, na legenda. “Se você chorou muito vendo esse filme, imagina pra gente que morou na casa antes da gravação. 

 
 
 
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O imóvel de 480 m² tem quatro suítes, quatro salas, piscina e elevador.

Lara Perpétuo
LP
postado em 08/01/2025 19:58
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