Brasília é considerada um manancial de talentosos instrumentistas, desde que, na década de 1980, o contrabaixista Jorge Helder migrou para o Rio de Janeiro, onde passou a fazer parte das bandas que acompanham Chico Buarque e Maria Bethânia e a participar de gravações de outros nomes destacados da Música Popular Brasileira. Vários outros músicos seguiram o mesmo rumo e hoje brilham nos palcos e estúdios cariocas, de onde saem para tocar no Brasil e no exterior.
Bandolinista da nova geração, Ian Coury fez o inverso. Depois de se destacar em palcos brasilienses, sem escala, deixou a cidade e se instalou em Boston (EUA), onde, desde 2021, desenvolve estudos voltados para o mestrado em performance em jazz, tendo como base o conhecimento do choro, adquirido aqui na capital. Lá, na Berklee College of Music, recebeu formação no Global Jazz Institute, onde, no Contempory Writing and Production Institute, teve como mentores o panamenho Danilo Perez e o norte-americano John Papitutti. Formou-se em composição escrita e produção musical.
De volta à origem, para passar com os festejos de final de ano e do começo de 2025 com os familiares, Ian não tem deixado o instrumento de lado. "Toquei na inauguração da Castália, no Pontão do Lago Sul; e amanhã (hoje) vou me apresentar na Infinu (506 Sul), 20h30, tendo a companhia do violonista Igor Souza", conta."Na sexta-feira faço um show íntimo para 80 pessoas, no Quintal da Música, no Lago Norte, com ingressos esgotados. No dia 8 de janeiro, gravo um disco em São Paulo".