Até o final do mês, o CCBB Brasília promove a 21ª edição da Mostra do Filme Livre (MFL). Focado na exibição de produções independentes, o projeto gratuito oferecerá aos brasilienses uma programação para todos os gostos.
Neste ano, o evento irá homenagear o cineasta e escritor Roberto Moura, que virá a Brasília para apresentar seu longa Katharsys — Histórias dos anos 80. Além do filme de Moura, que demorou mais de 30 anos para ser finalizado e foi o último trabalho estrelado por Grande Otelo, a MFL irá apresentar 130 curtas, médias e longas-metragens de todos os gêneros e regiões do Brasil.
As sessões estão divididas em Panoramas Livres, que traz a diversidade e a potência da produção independente, Mundo Livre, que apresenta filmes feitos no exterior por brasileiros, Caminhos, que traz filmes de escola, Biografemas, em que exibe filmes sobre outros artistas, Sonoras, que mostra os processos de experimentação sonora para o cinema, Autorias, com filmes de artistas renomados na MFL, Territórios, que abre espaço para lugares de fala e pertencimentos e Mostrinha Livre, que inclui filmes para crianças de diferentes idades.
"A MFL se junta a centenas de mostras, festivais e cineclubes para preencher uma grande lacuna audiovisual. Milhares de filmes são feitos por ano no país, que depois enfrentam dificuldades de serem vistos pelo grande público. E a nossa missão é ajudar na valorização e reconhecimento desse cinema original e independente", explica Guilherme Whitaker, fundador e curador do evento. Criada em 2002 no CCBB Rio de Janeiro, a MFL se tornou um sucesso entre o público e foi levada para o CCBB paulista 10 anos depois. Apenas em 2013 que a iniciativa chegou no DF.
O audiovisual brasiliense também terá destaque com a exibição dos filmes feitos na cidade, Rodas de gigante, de Catarina Accioly, Cartório das almas, de Leo Bello, e Nada, de Adriano Guimarães. Além disso, haverá um debate sobre a produção e difusão local, com mediação de Guilherme Whitaker. Segundo ele, o acervo de cada edição é escolhido por cineastas e pesquisadores do cinema independente brasileiro. "Na 1ª edição, a maioria (dos filmes) era em vídeo, que na época era um formato inferior ao cinema feito em película. E a MFL muito ajudou no fim do preconceito que havia com relação ao vídeo ao misturar nas sessões todos os formatos até a atual hegemonia do vídeo/digital", adiciona o curador.
Também ocorrerá, entre 13, 14 e 15 de dezembro, a oficina VideoMapping - Jogos Visuais, que oferecerá 70 vagas para os interessados. As inscrições deverão ser feitas pelo site da MFL Brasília. Ministrados pelo VJ Notívago, os três encontros irão abordar a cultura VJ (video-jockey) por meio de projeções mapeadas (video mapping). Para marcar o encerramento das oficinas, haverá um evento audiovisual em uma modalidade baseada nas batalhas de MC's em jogos visuais e disputas de dança vogue, com música e intervenção visual.
21ª edição da Mostra
de Filmes Livre
Até o dia 22 de dezembro, no CCBB Brasília. Entrada gratuita, com a retirada de ingressos pelo site ou bilheteria do local.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
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