A novela Mania de você tem como protagonistas as amigas e rivais Viola (Gabz) e Luma (Ágatha Moreira), que, desde o início da trama das 21h, em setembro, transitam entre o bem e o mal. Sem mocinhas bem delineadas, a personagem Bruna, vivida por Duda Batsow, é quem surge com ares mais típicos de mocinha. Filha do casal Diana (Vanessa Bueno) e Hugo (Danilo Grangheia), a adolescente começou a novela com um conflito por amar verdadeiramente o namorado, Tomás (Paulo Mendes), com quem o pai insistia para ela se casar por ser o único herdeiro de uma fortuna. Trocada por Evelyn (Gi Fernandes), a moça se encantou pelo malandro Iarley (Lucas Wickhaus) e, de acordo com a sinopse, teria um romance com um homem mais velho, seu tio de criação Volney (Paulo Rocha). A atriz de 20 anos, porém, defende que todos os personagens da produção assinada por João Emanuel Carneiro possuem esse caráter mais ambíguo.
"Acho que essa é uma característica da maioria, se não de todos os personagens. É lógico que os principais carregam essa ambiguidade com maior intensidade, podendo ser chamados de vilões ou mocinhos (as). Mas todos os personagens apresentam falhas e momentos de virtude", afirma Duda, destacando que Bruna, por exemplo, tem muitas qualidades, mas também comete erros em alguns momentos. "Quando essas características aparecem nos textos, eu não tomo cuidado a ponto de mascará-las. Acho importante que os personagens tenham qualidades, mas que também tenham falhas, assim como acontece na vida", acrescenta a atriz, que também pode ser vista na série No ano que vem, do Canal Brasil.
Jovem solar
De volta à tevê aberta, onde esteve em 2020 com Amor de mãe, Duda agora tem a oportunidade de dar vida a uma personagem solar após uma vivência sombria como a Jéssica, uma adolescente que foi vítima do tráfico humano em Todas as flores, original Globoplay de 2022. "A Jéssica não teve a oportunidade de se mostrar como indivíduo, pois estava sempre impactada pelas coisas que sofria. Já a Bruna tem uma trajetória muito diferente: é uma menina que leva a vida, cheia de confortos, e vivencia outros tipos de problemas", comenta.
Em Todas as flores, a jovem atriz observa que foram muitas cenas difíceis, desde o primeiro capítulo, mas destaca a do parto da Jéssica, que é quando o bebê que ela tem no cativeiro é levado para ser vendido. Já nesta trama atual, ela comenta que as cenas que mais aguardou e se preparou foram as tomadas velejando. "Tive que aprender a velejar, usar os termos técnicos e, além disso, falar o texto da cena enquanto controlava o barco", explica Duda, que é surfista e traz da vida pessoal uma ótima relação com o mar. "O fato de eu já surfar foi ótimo para a minha preparação da Bruna, não só pela conexão com o mar, mas também porque, no surfe, precisamos ter noção do vento."
Tanto Todas as flores quanto Mania de você são novelas escritas por João Emanuel Carneiro, autor que Duda assistia antes de estar em contato profissional com a sua obra. "Nas novelas do João, ele consegue dar um ritmo muito bom, de forma que, às vezes, chega um momento em que, no quinto capítulo, tudo parece estar resolvido. Mas aí tudo muda, as coisas saem debaixo do tapete dos próprios personagens, e reviravoltas instigantes acontecem", derrete-se a moça, que ainda espera viver uma grande vilã, como a Carminha (Adriana Esteves), de Avenida Brasil, a Vanessa (Leticia Colin), de Todas as Flores, e a Cersei (Lena Headey), de Game of Thrones.
Entrevista | Duda Batsow
Mania de você tem protagonistas que transitam entre o bem e o mal, e a Bruna surge como uma jovem com ares mais de mocinha. Porém, há um cuidado para que ela não caia em um lugar maniqueísta?
Eu acho que, nessa novela, não só os protagonistas têm esse caráter ambíguo. Acho que essa é uma característica da maioria, se não de todos os personagens. É lógico que os personagens principais carregam essa ambiguidade com maior intensidade, podendo ser chamados de vilões ou mocinhos(as). Mas todos os personagens apresentam falhas e momentos de virtude. A Bruna, por exemplo, tem muitas qualidades, mas também comete erros em alguns momentos. Às vezes, demonstra um caráter interesseiro na relação com o pai, outras vezes, uma pitada de manipulação, e assim por diante. No entanto, quando essas características aparecem nos textos, eu não tomo cuidado a ponto de mascará-las. Acho importante que os personagens tenham qualidades, mas que também tenham falhas, assim como acontece na vida.
Como está sendo dar vida a uma personagem solar após uma vivência tão sombria como a Jéssica de Todas as flores?
É completamente diferente. A Jéssica teve uma trajetória muito difícil, onde, desde a primeira cena, já estava vivenciando uma situação extrema e correndo riscos, e, ao longo da trama, esse cenário só piora. Assim, a Jéssica não teve a oportunidade de se mostrar como indivíduo, pois estava sempre impactada pelas coisas que sofria. Já a Bruna tem uma trajetória muito diferente, é uma menina que leva a vida, cheia de confortos, e vivencia outros tipos de problemas.
Qual foi a sua cena mais difícil em Todas as flores e qual foi, até agora, em Mania de você?
Uma cena pela qual eu mais criei expectativa e mais me preparei para gravar foi a cena do parto da Jéssica, que é quando o bebê é levado. Já com a Bruna, as cenas que eu mais aguardei e me preparei foram as cenas velejando, onde tive que aprender a velejar, usar os termos técnicos e, além disso, dar o texto da cena enquanto controlava o barco.
Pode comentar um pouco sobre a sua relação com o mar e como ela está se manifestando em uma novela que tem o litoral como cenário?
Eu amo o mar! Inclusive, quando descobri que a minha personagem teria essa veia radical, que anda de skate e veleja, fiquei extremamente feliz. Eu já surfo há um tempo, por isso a minha relação com o mar é muito forte. Além disso, o fato de eu já surfar foi ótimo para a minha preparação da Bruna, não só pela conexão com o mar, mas também porque, no surf, precisamos ter noção do vento. Então, quando as aulas de vela começaram, eu já compreendia muitas das coisas que o professor falava, mesmo sem nunca ter velejado antes.
O que o texto de João Emanuel Carneiro tem de mais especial para você?
Ah, muitas coisas! Primeiro, porque eu assistia às novelas dele antes de estar nelas e gostava muito da velocidade que ele traz para as tramas. As novelas têm a característica de serem histórias normalmente mais longas, onde as coisas demoram mais para se resolver do que seria em séries, por exemplo. Nas novelas do João, ele consegue dar um ritmo muito bom, de forma que, às vezes, chega um momento em que, no quinto capítulo, tudo parece estar resolvido. Mas aí tudo muda, as coisas saem debaixo do "tapete" dos próprios personagens, e reviravoltas instigantes acontecem. Além disso, gosto muito que o João sempre nos dá liberdade para modificar certas coisas no texto, conforme achamos necessário. Acho que esse fator deixa o trabalho muito mais rico.
Você, ainda é muito jovem, deverá viver em sua carreira uma grande vilã. Qual seria a sua inspiração hoje, caso recebesse esse papel?
Primeiro, acho que depende do tipo de vilã que eu iria fazer, se seria uma vilã mais escrachada, que deixa claro que é vilã, se seria uma vilã mais misteriosa, ou se seria uma que finge ser mocinha. Depende muito. Muitas personagens me vêm à cabeça. Logo penso na Carminha (Adriana Esteves, em Avenida Brasil, de 2012), acho que é quase inevitável. Também penso na Vanessa (Letícia Colin), de Todas as Flores, e na Cersei (Lena Headey), de Game of Thrones. Tem muitas.
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