A canção “Lisboa”, do álbum Cor (2021) de Anavitória, tornou-se um fenômeno além das expectativas da dupla tocantinense. Lançada originalmente como parte do projeto que consolidou as meninas de Araguaína no cenário musical, a faixa não apenas cativou os fãs de pop e MPB, mas também caiu no gosto de intérpretes de diversos gêneros, incluindo o sertanejo e o forró.
O sucesso de “Lisboa” é inegável. A música alcançou o quarto lugar na parada do TikTok e tornou-se a mais ouvida da dupla no Spotify, ultrapassando hits como “Ai, Amor” e “Trevo”. Em um momento marcante, Anavitória apresentou a faixa ao lado de Lenine e da Orquestra Ouro Preto, consolidando ainda mais sua popularidade.
No entanto, foi a releitura de artistas de diferentes estilos que garantiu uma nova dimensão à música. Felipe Amorim, um dos expoentes do piseiro, criou uma versão em forró eletrônico da canção e revelou que deverá lançar o single em parceria com Anavitória. “Fiquei super feliz quando recebi a mensagem delas. Fizemos um teste e deu super certo”, afirmou o cantor à Billboard Brasil.
Outro nome de peso a se render à música foi Wesley Safadão, que emocionou os fãs com uma versão intimista, apenas com piano e voz. Em seguida, Nattanzinho deu seu toque pessoal com uma leitura acústica, voz e violão, que viralizou em suas redes sociais.
A adesão de artistas de gêneros variados é reflexo do estilo único de Anavitória, que transita com naturalidade entre MPB, pop e outras influências. A dupla representa uma geração que rompe barreiras musicais e abraça a diversidade sonora. Quatro anos após seu lançamento, “Lisboa” continua a conectar artistas e públicos de diferentes estilos.
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Detalhes sobre o álbum ‘Esquinas’ de AnaVitória
O duo ANAVITÓRIA, formado por Ana Caetano e Vitória Falcão, comemora uma década de trajetória musical em 2024 com o lançamento do aguardado álbum “Esquinas”. Disponível desde quinta-feira (12), o disco é uma reflexão profunda sobre os 30 anos de vida e carreira, abordando temas como os amores efêmeros e os corações partidos acumulados ao longo do tempo.
O álbum apresenta uma sonoridade complexa e intensa, que mistura psicodelia dos anos 1970 com o rock oitentista, criando um caldeirão de referências sonoras. As músicas de “Esquinas” exploram não só o lado emocional da passagem do tempo, mas também um grito de liberdade e o encontro com a própria identidade artística, tanto em termos sonoros quanto estéticos.
“Esquinas” marca uma nova fase para o duo, que não lançava um álbum completo desde “Cor”, de 2021. As faixas, com letras e temas que exploram a maturidade e o autoconhecimento, incluem colaborações especiais, como a participação de Jorge Drexler na música “Não Sinto Nada”.
A tracklist do álbum inclui:
- Se Eu Usasse Sapato
- Minto Pra Quem Perguntar
- Não Sinto Nada (feat. Jorge Drexler)
- Ter O Coração No Chão
- Ponta Solta
- Espetáculo Estranho
- Eu, Você, Ele E Ela
- Água-Viva
- Mesma Trama, Mesmo Frio
- Quero Contar Pra São Paulo
- Doce Futuro
- Navio Ancorado No Ar