Os riscos do uso excessivo das telas pelas crianças, especialmente na primeira infância, estão no centro de debates educacionais, políticos e sociais nos últimos anos. Com o advento da tecnologia móvel e o fácil acesso a celulares e tablets com programações específicas para crianças, muitas vezes as telas se tornam companheiras, o que pode — em muitos casos — prejudicar o desenvolvimento psicomotor e social das crianças.
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Observando esse contexto social, o psicólogo Lucas Freire publicou o livro infantil O Leão da Bochecha de Balão e a redescoberta do Play. O livro conta a história de um leão que foi perdendo a alegria de correr e brincar com os amigos depois de receber altas doses de dopamina na tela azul. O objetivo da história é promover reflexão para os pais e guiar as crianças por um caminho de consciência e equilíbrio de forma lúdica através de rimas e ilustrações em aquarela elaboradas por Aline Terranova.
“O Leão da Bochecha de Balão vivia alegre, sempre em diversão. Mas algo mudou, começou a se isolar. As telas tomaram seu tempo de brincar. [...] Seus amigos animais vinham o chamar ‘Leão, venha fora, vamos brincar!” Mas o Leão não queria ir pra praça, parecia que tudo tinha perdido a graça!”
A provocação está presente do começo ao fim do livro e o plano de fundo inclui os ensinamentos do playfulness, uma técnica que busca compartilhar técnicas para alcançar a felicidade através do brincar e do livre movimento.
O psicólogo Lucas Freire, autor de O Leão da Bochecha de Balão e a redescoberta do Play, estuda o assunto há mais de 20 anos e frisa que os primeiros anos da vida da criança são essenciais para consolidar entendimentos e crenças. Ele defende que o excesso de telas pode prejudicar o desenvolvimento social na primeira infância e que o brincar livre fomenta a curiosidade e engajamento com o mundo ao redor.
O Livro O Leão da Bochecha de Balão e a redescoberta do Play foi lançado em 2024 pela Tear Editora.