ARTES CÊNICAS

Rio assiste a "Chatô e os Diários Associados – 100 anos de uma paixão"

Musical sobre a trajetória de Assis Chateaubriand vai estrear em março, com Stepan Nercessian e Cláudio Lins. Turnê passará por São Paulo, Brasília e Belo Horizonte

Cláudio Lins (Fabiano) e Stepan Nercessian (Assis Chateaubriand) na prévia do musical
Cláudio Lins (Fabiano) e Stepan Nercessian (Assis Chateaubriand) na prévia do musical "Chatô e os Diários Associados - 100 anos de uma paixão", no Teatro Copacabana Palace - (crédito: Helvécio Carlos/EM/D.APress)
Rio de JaneiroChatô e os Diários Associados – 100 anos de uma paixão, musical comemorativo ao centenário do conglomerado de comunicação criado por Assis Chateaubriand, estreia em março de 2025. Na última segunda-feira (16/12), um resumo do que vem por aí foi apresentado em formato de pocket show para convidados, que lotaram o Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

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Estavam presentes Fernando Morais (autor da biografia Chatô: O rei do Brasil), o ex-senador e ex-ministro da Justiça e da Agricultura Bernardo Cabral e Professor Mateus, vice-governador de Minas Gerais. Dos Associados, assistiram ao pocket show o presidente do grupo, Josemar Gimenez de Resende; o vice, Camilo Teixeira da Costa Filho; o diretor-executivo, Leonardo Moisés; o vice-presidente comercial do Estado de Minas, Mário Neves; o condômino dos Diários Associados Mauricio Dinepi. As atrizes Nathalia Dill e Lucinha Lins também prestigiaram o evento. 
Atores em roupas de época no palco do Teatro Copacabana Palace

Montagem, com texto de Eduardo Bakr e Fernando Morais, tem direção de Tadeu Aguiar

Helvécio Carlos/EM/D.APress
 
Escrita por Fernando Morais e pelo dramaturgo Eduardo Bakr, a história começa quando Fabiano (Cláudio Lins), jornalista desempregado e youtuber, tenta salvar o busto de Assis Chateaubriand, o Chatô, de mais um ataque de vândalos que, volta e meia, levam a caneta do empresário. A estátua está localizada na Praça da Independência, no Recife, em frente à antiga sede do Diário de Pernambuco, uma das empresas comandadas por Chateaubriand no século passado. 
Fabiano não tem sucesso na empreitada. Os ladrões fogem, Chatô (Stepan Nercessian) ganha vida, agradece o gesto e convida o rapaz para escrever sua história, revelando seus segredos, em uma viagem no tempo costurada por belas canções brasileiras. O espetáculo tem coreografia de Carlinhos de Jesus e direção musical de Guto Graça Mello.

Recorte

Josemar Gimenez afirma que o espetáculo tem importância histórica pela comemoração do centenário dos Associados e, sobretudo, pelo recorte que apresenta, destacando a contribuição de Chateaubriand para a música brasileira.
“A adaptação de Fernando Morais e do dramaturgo Eduardo Bakr, a direção de Tadeu Aguiar, a coreografia de Carlinhos de Jesus e direção musical de Guto Graça Mello, nomes importantes no teatro brasileiro, vão emocionar as plateias”, garantiu.
Após os aplausos calorosos ao final da apresentação, o ex-ministro Bernardo Cabral fez questão de cumprimentar o diretor do espetáculo, Tadeu Aguiar. "Você acaba de tirar o que era o Brasil da penumbra, do esquecimento. Dou-lhe os cumprimentos porque seu trabalho foi hercúleo. Como brasileiro, fiquei muito satisfeito", elogiou.
Fernando Morais gostou do que viu em cena. "Imagine você: eu, quase 80 anos, com seis livros transformados em filmes, pela primeira vez na vida vejo um trabalho sendo adaptado com essa riqueza, esse sabor, para um musical", disse. "Jamais passou pela minha cabeça contribuir, como autor, como escritor, para uma coisa tão bonita como esta. Confesso que foi uma enorme surpresa".
Décio Freire, presidente do Conselho Consultivo dos Diários Associados, elogiou a produção. "O musical 100 anos de uma paixão é um espetáculo grandioso que demonstra, com talento, humor e arranjo exuberante, a importância da história do grupo criado por Assis Chateaubriand, o maior grupo de comunicação do século 20."
Diretor do musical, Tadeu Aguiar optou por fazer um recorte, dando destaque à paixão de Chateaubriand pela comunicação. "Se fôssemos colocar todos os aspectos, seriam seis horas de musical, pelo menos", explicou, elogiando Fernando Morais e Eduardo Bakr.
O espetáculo estreia em 27 de março no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, e depois segue em turnê para São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.

Helvécio Carlos
postado em 17/12/2024 18:08 / atualizado em 17/12/2024 18:29
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