A cantora Luísa Sonza se pronunciou nesta segunda-feira (2) sobre a polêmica gerada por sua declaração sobre o cachê recebido para se apresentar em grandes festivais como o Rock in Rio. Durante uma entrevista, ela havia afirmado que “não ganha nada para cantar” no evento, o que gerou questionamentos e repercussão nas redes sociais.
Em um esclarecimento, a artista explicou que, embora o cachê pago pelo festival seja considerado “normal”, ela opta por investir mais do que recebe para garantir a qualidade do show. “A gente consegue se pagar mesmo investindo muito mais do que o cachê que o Rock in Rio paga, que é um cachê normal. Eu não vou ser boba de fazer um show que faço em qualquer canto em um lugar como o Rock in Rio. Aí, escolho investir muito mais, inclusive, do ganho por show”, detalhou Luísa.
A cantora também fez questão de pedir desculpas ao vice-presidente artístico e curador do Rock in Rio, Zé Ricardo, a quem ela se referiu em tom brincalhão durante a entrevista. “Quero pedir desculpa ao Zé Ricardo pela brincadeira que eu acho que não precisava ter feito. Eles sempre me pagaram cachê, e eu faria até de graça. É o Zé Ricardo que me fala que não posso aceitar as coisas. Sou tão fã e é um sonho tão grande que realizei já três vezes”, afirmou, reforçando o respeito que tem pelo festival.
Luísa também abordou um ponto que considera importante: a valorização de artistas nacionais no Brasil. Ela reafirmou sua opinião de que, muitas vezes, o público brasileiro valoriza mais os artistas internacionais do que os locais. “Isso não exclui que nós brasileiros temos síndrome de vira-lata e não podemos achar que nós artistas brasileiros somos menores que qualquer um, isso até para o próprio público”, disse, defendendo o reconhecimento da música brasileira.
A polêmica teve início quando, durante o programa Ambulatório da Moda, Luísa foi questionada sobre o retorno financeiro dos artistas em grandes festivais. Ela revelou que, no caso do Rock in Rio, o festival paga cachê, mas a maior parte de seus ganhos vem de parcerias com marcas, além da visibilidade proporcionada pelo evento. “Tem uma exposição muito grande, é uma vitrine, mas eles também precisam da gente. A realidade é essa, não ganho dinheiro do Rock in Rio, ganho das marcas e pela exposição que é estar no line up”, concluiu.