Em 2011, os mesmos diretores de A princesa e o sapo, John Musker e Ron Clements, começaram a desenvolver a história da primeira personagem polinésia da Disney. Moana só chegou às telas de cinema no final de 2016, e, no Brasil, em janeiro de 2017. Nos cinco anos de criação do filme Moana — um mar de aventuras, Musker e Clements foram a diversas ilhas do Pacífico e receberam ajuda de especialistas para a criação da personagem.
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No início do filme de 2016, Moana relata que seu povo parou de navegar e não passava de uma parte do oceano e, a jovem, encantada pelas águas, decide trazer essa tradição de volta. Essa ideia do filme é inspirada no período conhecido como Longa Pausa da história da Polinésia. Os polinésios são conhecidos por terem habilidades de navegar longos perímetros até antes dos europeus, mas em algum momento houve uma grande pausa de mais de mil anos. Existem diversas teorias dos motivos da pausa, mas nenhum foi comprovado.
Inspirado na cultura do povo Maori, Moana se destacou na crítica por ser uma forte personagem mulher que não busca um par romântico no final, ao lado de Merida do filme Valente (2012) e de Elsa do Frozen — uma aventura congelante (2013). O filme foi classificado com 95% de aprovação pelo Rotten Tomatoes, site americano que reúne opiniões de críticos de cinema. Além disso, alcançou uma bilheteria de mais de R$ 640 milhões.
Além dos aspectos culturais, um dos destaques dos filmes de Moana são as músicas. As canções do filme de 2016 foram escritas por Lin Manuel Miranda, ator, compositor e dramaturgo. How Far I'll Go, música principal, foi indicada ao prêmio de Melhor canção no Oscar com a voz de Auli'i Cravalho.
Dirigido por David Derrick Jr, Jason Hand e Dana Ledoux Miller, Moana 2 chega aos cinemas trazendo elementos conhecidos e amados pelos amantes da personagem. Moana , agora com 19 anos, se tornou um símbolo entre seu povo e em uma navegação, encontra um elemento que representa a possível presença de outras pessoas em ilhas próximas. A jovem adulta recebe um chamado e deve voltar ao mar para quebrar a maldição do deus Nalo, que separou seu povo.
Dessa vez, Moana se joga ao mar acompanhada de três novos personagens. Loto é uma engenheira da ilha, que constroi os barcos de Moana e a acompanha no mar. Kele, um agricultor e ancião da ilha, não é tão fã do mar, mas ajuda o grupo na aventura. O contador de histórias e grandíssimo fã do semideus Maui, Moni é o quarto integrante do grupo que ajuda com sua força. Maui reaparece na sequência e embarca novamente na jornada marítima da jovem, sempre ajudando nos momentos necessários.
Os números musicais e os visuais do longa-metragem ainda são um destaque, especialmente a música de Matangi, nova personagem misteriosa que questiona e desafia Moana. A personagem acaba entendendo, com algumas ajudinhas, que a busca por si mesmo nunca para. O filme deixa um gancho para uma nova história da Polinésia e faz parecer que Moana 2 é só o começo.