Irmão da influencer Jade Picon, o empresário Léo Picon criticou o projeto de fim da escala de trabalho 6x1. Segundo ele — que escreveu um fio no X (antigo Twitter) —, uma possível redução da quantidade de dias trabalhados ao longo da semana prejudicaria os pequenos empresários. Essa opinião caiu mal entre os usuários, que o detonaram nas redes. Confira:
Essa PEC com o fim da escala 6x1 me parece uma cortina de fumaça pra algo, pq não é possível.
— Léo Picon ???? (@LeoPicon) November 11, 2024
Assim como taxação de grandes fortunas que fariam com que elas saíssem do país e depois serve como pretexto para aumentar os impostos para todos. Isso não é novidade na história… pic.twitter.com/80LqFvMaIA
Argumentos contra e a favor
Prevista na CLT, a escala 6x1 condiciona trabalhadores a terem seis dias de ofício e um de folga ao longo da semana. Esse regime é comumente utilizado no comércio, sobretudo em lojas físicas de shoppings.
Em sua publicação no X, Léo Picon sugeriu que outras medidas de amparo ao trabalhador fossem aplicadas. "Sabe o que daria mais tempo para o trabalhador do que tirar o 6º dia da escala de trabalho de 44 horas semanais? Ficar menos de 2h no trânsito todos os dias, creches e escolas em período integral, não sufocar salários em impostos que não retornam, diminuir a taxa de juros, educação pública que contribua para o crescimento profissional. Isso tudo é difícil de ser feito, precisa de trabalho de verdade e não traz o hype que uma canetada populista traz", postou Picon.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) de alteração da escala 6x1 é de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP). Segundo o texto, há experiências internacionais de mudança de escala no trabalho que tiveram sucesso.
“A alteração proposta à Constituição Federal reflete um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis aos trabalhadores, reconhecendo a necessidade de adaptação às novas realidades do mercado de trabalho e às demandas por melhor qualidade de vida dos trabalhadores e de seus familiares”, diz um trecho do projeto.
Para ser discutido na Câmara, o texto de autoria da deputada precisa do apoio de ao menos 171 assinaturas de parlamentares, já que se trata de uma mudança na Constituição.