A pré-estreia do filme O vazio de domingo à tarde será realizada neste sábado (9/11), no Cine Brasília, às 20h. Gratuita e aberta ao público, a sessão conta com a presença do diretor do longa, Gustavo Galvão, das protagonistas Ana Eliza Chaves e Gisele Frade e dos atores Erom Cordeiro e Larissa Mauro. Grande parte da história se passa na Brasília contemporânea, marcada pela polarização e pelas celebridades instantâneas da internet. O filme estreia nos cinemas brasileiros no dia 14 de novembro.
Na trama, Mônica é uma atriz renomada, cuja imagem se desgastou. Cansada dos abusos e da falta de oportunidades, busca reinventar a carreira. Já a jovem Kelly mora em Abadiânia, interior de Goiás, onde a atriz participa de uma filmagem. A moça é obcecada em ser famosa e vê nesse encontro a chance de começar a escalada para o sucesso. Os caminhos das duas se cruzam, enquanto uma enfrenta a decadência, a outra sonha com o glamour.
Gisele Frade trabalhou na versão de 1997 de Chiquititas e em Malhacao, entre 2001 e 2004. Ficou 18 anos se dedicando ao teatro e à família. Agora, volta às telas como a protagonista de O vazio de domingo à tarde. O elenco conta ainda com Erom Cordeiro, Larissa Mauro, Vinicius Meloni, Guilherme Angelim, Pedro Xavier, Paulo Sousa, Taina Baldez e Ultra Martini.
A brasiliense Ana Eliza estreia no cinema e conta que se inspirou na infância, quando sonhava com fama, para criar a personagem Kelly. Atualmente, ela cursa cinema na Universidade de Brasília (UnB) e acha que o filme vai gerar discussões importantes sobre arte, sobre os bastidores do cinema e sobre a dificuldade na conquista dos sonhos. “Hoje em dia eu acho que é mais difícil ainda você conquistar um papel, porque as as redes sociais se tornaram um polo muito importante, e muita gente que às vezes não é ator conquista um papel no lugar de um profissional que está há anos batalhando”, explica.
O roteiro foi feito por Cristiane Oliveira e Gustavo Galvão, que também dirige o filme. “A gente tinha muitas questões sérias para tratar, quando o que acontece por trás das câmeras, muitas vezes é problemático e abusivo”, explica Gustavo, que também usou depoimentos de profissionais da área para construir a história. “O filme toca muitas pessoas, principalmente quem é ator e atriz. Nas exibições, pessoas vieram falar comigo assim ‘nossa, eu eu vivi muito disso e nunca e nunca me posicionei contra’. Então o filme tem esse Impacto e propõe esse debate”, diz Galvão.
O longa passou por diversos festivais internacionais e em 2023, teve sua première mundial na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. “É sempre maravilhoso ver um projeto de 10 anos acontecendo. É um momento de alegria que a gente conseguiu levar o filme para diferentes plateias, Uruguai, Equador até a Itália onde fomos premiados, em breve vem mais festivais também. Por mais que seja o meu quinto filme, eu já deveria estar acostumado, mas cada filme é de fato uma uma luta por si só, uma realização” destaca o diretor.