MÚSICA

Maria Bethânia e Caetano Veloso: veja setlist do show em Brasília

Compositor e cantora apresentam, na Arena Mané Garrincha, show da turnê que faz sucesso em várias capitais

 07/09/2024. Credito: Tulio Santos/EM/D.A.Press. Brasil. Belo Horizonte - MG. Caetano Veloso e Maria Bethania, no Mineirao.
       -  (crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press)
07/09/2024. Credito: Tulio Santos/EM/D.A.Press. Brasil. Belo Horizonte - MG. Caetano Veloso e Maria Bethania, no Mineirao. - (crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press)

A sintonia entre Caetano Veloso e Maria Bethânia é fina. Quatro anos mais velho que a irmã, foi ele que fez a escolha do nome dela. Na infância, os dois costumavam subir numa árvore, para longos papos, no quintal da casa dos pais, Seu Zeca e Dona Canô, localizada na praça da igreja de Nossa Senhora da Purificação, no centro de Santo Amaro, cidade do recôncavo baiano.

Eles estavam juntos, ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa, Alcyvando Luz e Djalma Correia, em Nós por exemplo, musical que inaugurou o Teatro Vila Velha, no centro de Salvador, em 1964. No mesmo  ano, ao ser convidada para substituir Nara Leão no mítico Opinião, Bethânia só seguiu para o Rio de Janeiro porque Caetano  foi junto. Ela aproveitou para apresentar o irmão a quem assistiu ao espetáculo quando interpretou É de manhã, que se tornou o primeiro sucesso do compositor.

Tempos depois, no Rosa dos Ventos, show definidor de sua carreira, Bethânia incluiu no repertório Avarandado, Janelas abertas e Não identificado, outras três com a assinatura do irmão. Daí em diante, raro foi o show  que Bethânia deixou de fora do repertório composições de Caetano.

Na sequência de Nós por exemplo, os dois voltaram a dividir o espaço cênico em três oportunidades: em 1976, na turnê dos Doces Bárbaros, que passou por Brasília; em 1978, no extinto Canecão (Rio de Janeiro); e na Praça Castro Alves, em Salvador, dia 29 de março de 1995, para comemorar os 450 da capital dos soteropolitanos.

Embora, pelo menos oficialmente, não tenha esta intenção, a turnê Caetano & Bethânia comemora 60 anos do início da carreira de ambos. A série de shows iniciada em agosto no Rio de Janeiro, depois de passar por Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre e Recife chega a Brasília, para apresentação hoje, às 21h30,no Estádio Nacional Mané Garrincha.

Nesse reencontro no palco, os irmãos deixam claro a relevância de ambos para a cultura brasileira ao revisitar canções marcantes das respectivas obras, que contribuíram para enriquecer o universo da MPB (veja o roteiro ao lado). Trechos da letra de três delas — Lindeza, Qualquer coisa e  Sampa —  reproduzidas em crônica de Tati Bernardes,  integraram a prova do Enem deste ano.

O Exílio

I'ts a long way — O Exílio em Caetano Veloso é o título do livro que reconstitui a história e analisa  os álbuns gravados pelo cantor entre a prisão e o exílio (1969) e seu retorno ao Brasil (1972). O que traz o nome dele e Transa, gravados em Londres, buscam evidenciar e interpretar a construção de uma poética do exílio.

Editado pela FM Books e escrito por Márcia Fráguas, o livro é uma adaptação da dissertação apresentada em 2021 pela historiadora ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira da Faculdade e Filosofia,Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Caetano e Bethânia terão a companhia da banda formada por Lucas Nunes (guitarra e violão de nylon), Paulo Dáfilin (violão de nylon e de 12 cordas), Jorge Helder (contrabaixo), Jorge Continentino (sax alto e clarinete), Diogo Gomes (trompete e flugelhorn, Marlon Caldeira (trombone), Rodrigo Tavares (teclado), Joana Queiroz (clarinete e clarone), Kainã do Jeje (bateria e percussão), Thiaguinho da Serrinha (percussão), Jeni Rocha,  Fael Guimarães e Janeh Magalhães (vocais). Participação especial de Pretinho da Serrinha.Bia Lessa assina o cenário.

Show de Caetano Veloso, Maria Bethânia e banda

  • Neste sábado (9/11), às 21h, no Estádio Mané Garrincha (Eixo Monumental). Ingressos à venda no local.

postado em 09/11/2024 06:01 / atualizado em 09/11/2024 11:49
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